
Essa atitude científica é que faz com que os médiuns do Vale sejam considerados cientistas espirituais. Isso se tornou possível graças à criação, pela Clarividente Neiva, da figura do Doutrinador. Até então, confundia-se mediunidade com incorporação, fato esse que conceituava de médium somente a pessoa que manifestasse fenômenos visíveis de relacionamento com a outra dimensão. Com a criação do Doutrinador, o médium que trabalha com o sistema nervoso ativo e cujas manifestações mediúnicas se fazem através de sua expressão sensorial normal, essa interpretação da mediunidade tende a desaparecer. Todos os seres humanos são médiuns, isto é, todos são intermediários entre os diferentes campos vibratórios que compõem o mundo. Existem múltiplas formas de mediunidade, que vão desde o transformismo energético dos alimentos até as mais altas manifestações de sensibilidade espiritual. Faltava, apenas, a demonstração viva do Doutrinador e a admissão de que os planetas e corpos celestes não são apenas o físico denso, concreto e palpável, mas são compostos de várias camadas vibratória
Ciência do Homem
A Doutrina do Amanhecer é, apenas, a Doutrina de Jesus adequada aos tempos atuais. Como resultante dessa atualização, ela forma nova perspectiva, uma visão mais objetiva da realidade humana. Para o caro leitor e eventual visitante do Vale do Amanhecer, é importante ter isso em mira, se quiser realmente conhecer o Vale. O conceito trinário do Homem – corpo, alma e espírito – abre, automaticamente, para a Ciência, uma nova possibilidade de interpretação correta dos fenômenos psicológicos. Na verdade esse conceito é transmitido aos médiuns de forma mais técnica, mais científica, do que a Doutrina apresentada ao visitante ou ao corpo mediúnico em massa. A vida humana é controlada pelos chamados centros coronários, que se localizam na região do umbigo, no plexo solar. Também chamado de sistema coronário, esse núcleo de comando da vida é organizado pelo sistema universal do átomo, tomado nos seus aspectos básicos de três partículas: o ANION, o NEUTRON e o CATION. O perispírito é o espírito revestido de energia adequada à sua permanência na Terra. A alma é o microcosmo, ou seja, o princípio ativo coordenador, modelador, redutor, que determina o ”estar” do espírito na situação de encarnado. É ela que modifica o estado de “ser” do espírito para a situação de “estar” desse mesmo espírito. Ela é a barreira entre os vários planos vibratórios do SER e que mantém esse SER na posição planejada, que busca, pesquisa, informa e fornece elementos de decisão para o EU, ao mesmo tempo em que estabelece os limites da movimentação do ser humano. É por isso que o centro coronário da alma é portador dos sentidos, da mente, do mecanismo da razão e tem, como base, o sistema nervoso. O centro coronário do corpo é o mundo da energia condensada, o controlador do quantum físico, o plano da matéria. É ele que determina a Lei Física e regula os aspectos quantitativos e qualitativos da organização celular. Há, portanto, uma lei do espírito e uma lei do corpo, mas é a alma que determina a Lei do Homem. Homem é sinônimo de espírito encarnado. O espírito-ion, ou o espírito ionizado, ou, ainda, o perispírito, age no campo da influência controlado pela alma-neutrom ou alma neutronizadora. O centro coronário espiritual exerce sua ação limitada pelo centro coronário anímico. O mesmo acontece com o corpo-cation ou centro coronário físico, que atende às exigências do centro coronário neutrom ou centro coronário da alma. O Homem equilibrado é o que tem seus três centros coronários em harmonia, ou seja, que recebe a proporção exata de influência de cada um dos dois outros centros coronários – do espírito e do corpo – nos limites estabelecidos pelo centro coronário da alma, ou seja, do neutrom.
A Ciência do cosmos
“Assim na Terra como no Céu...” nos diz o Pai Nosso. O microcosmos tem a mesma organização do macrocosmos. O sistema atômico tanto se aplica à menor unidade da matéria que se possa conceber, como se aplica à maior unidade, ou seja, o maior concebível, o cosmos, o universo. Na visão astronômica, por exemplo, podemos conceber uma região ânion, outra neutrom e outra cation. Assim é o relacionamento interplanetário, no qual sempre existe uma zona neutrônica, uma aniônica e outra catiônica, sendo esta última o mundo físico de cada planeta. Isto nos leva a outra premissa, uma analogia muito plausível: a existência de um espírito, de uma alma e de um corpo da Terra. Temos, assim, um mundo espiritual (ânion), um mundo anímico (neutrom) e um mundo físico (cation), todos englobados num mundo único, ou seja, a Terra. Se aplicarmos o mesmo princípio aos outros corpos do universo, podemos conceber um relacionamento no plano do espírito, outro no plano da alma e outro no plano físico, cada um regulado pelas suas próprias limitações ou áreas de influência, controladas pelo neutrom. Isso explica a autonomia de cada unidade e, também, o porque não existe relacionamento físico entre os corpos astronômicos físicos, uma vez que não é possível ultrapassar a barreira do neutrom. Se, por uma hipótese absurda, se eliminasse o neutrom, o ânion pulverizaria o cation, e vice-versa, se o cation ultrapassasse a barreira do neutrom e atingisse o ânion, seria pulverizado, desintegrado por ele. Assim, o espírito chega ao corpo neutronizado, o mesmo acontecendo com o corpo em relação ao espírito. É nossa alma que age, busca, informa e possibilita ao nosso EU as decisões. Aceito esse princípio, lógico e verificável individualmente, nós temos que admitir, por extrapolação, que nenhuma partícula física, formada no princípio do mundo físico, portanto na Terra física, pode atingir outro mundo físico, a não ser que, depois de neutronizado, tome nova organização, de acordo com esse outro mundo. Isso explica, inclusive, porque os meteoros e meteoritos, se oriundos de outros corpos celestes, chegam à superfície com a mesma composição físico-química da Terra física. Ao penetrarem na zona neutrônica da Terra, eles são desintegrados e se reintegram nas leis da zona catiônica da Terra. Ou, talvez, sejam os meteoros e meteoritos partículas oriundas da própria Terra física, que se desprendem, atingem os limites neutrônicos, e voltam para sua zona catiônica de origem. Com isso, temos chegado à explicação do fenômeno da desintegração, integração e reintegração. Entretanto, a Lei da Conservação da Matéria nunca foi violada, nem mesmo quando seres extraterrestres, em épocas de vácuos civilizatórios do planeta Terra, aqui chegaram fisicamente. Eles chegaram, é verdade, mediante o sistema de desintegração, integração e reintegração. Os limites neutrônicos foram sempre obedecidos. Seres extraplanetários aqui na Terra tiveram corpos físicos, mas da física terrena. As diferenças, como no caso dos Equitumans (vide “2.000 – Conjunção de Dois Planos”, Ed. Vale do Amanhecer) foram preestabelecidas a priori, antes da vinda (eles não nasceram como nós outros), de acordo com a época e a missão.
O invisível da Terra
A zona neutrônica da Terra é a fonte das especulações de religiões, filosofias e teologia de todos os tempos. A linguagem mais comum (que no Brasil se usa até mesmo para ironizar estados psicológicos) é se falar em “astral”. Segundo o “Grande Dicionário Etimológico Prosódico”, de Silveira Bueno (Ed. Saraiva, 1963), astral é um adjetivo, espécie de véu que envolve a alma, doutrina de Paracelso retomada pelos espíritas (do Latim, astralis ou astrale – corpus). Paracelso foi um alquimista do Século XV, que estabeleceu certa relação entre partes do organismo humano e os astros, dentre suas várias teorias. Por outro lado, a palavra astral significa, também, corpos celestes – do Céu. Na qualidade de “um véu que envolve a alma”, pode-se perceber a natureza neutrônica do que chamamos de astral. As divisões que fazemos, de astral superior e astral inferior, ou baixo astral, indicam, somente, as posições entre o núcleo e a periferia do neutrom, que é uma energia contrátil e expansiva (forças centrípeta e centrífuga). Da mesma forma que a palavra astral, se usa a palavra etérica, que seria um fluido sutilíssimo (admitido pelos físicos), espalhado por todo o universo (vide o mesmo dicionário). A similitude com a descrição do neutrom é a mesma que a do astral. Por esse motivo, e por uma questão de semântica, consideramos as descrições de planos astrais e planos etéricos úteis para nos servir como adjetivação – maneira de dar nomes, qualificar as coisas – mas, nunca como “coisas”. O principal, porém, é não confundir os planos vibracionais do neutrom e do ânion, fazendo passar por espiritual o que é apenas invisível.
O Proselitismo
O Vale do Amanhecer é muito rígido nessa questão de proselitismo, evitando, sempre que possível, ter que “vender” suas idéias a respeito de como as pessoas devem se comportar em termos religiosos. É preciso que não se confunda a posição do cliente que apenas vai ao Vale para receber assistência espiritual e, com isso resolve seus problemas, e aquele outro que apresenta uma situação de anormalidade mediúnica. Esse último está num quadro de patologia mediúnica e precisa, por uma questão de honestidade, ser advertido disso. Nesse caso, ele é aconselhado a se desenvolver onde ele achar melhor, sem que se afaste a possibilidade de isso acontecer no Vale. Isso acontece, entretanto, com apenas meio por cento dos freqüentadores. Uma em cada duzentas pessoas apresenta sintomas de mediunidade aflorada, que precisa de cuidados técnico-mediúnicos.
A Estrela Candente
Esse trabalho ritualístico do Vale do Amanhecer merece uma explicação à parte, uma vez que mais chama a atenção do visitante pela sua originalidade. O conjunto, chamado Solar dos Médiuns, que inclui uma estrela de seis pontas – dois triângulos equiláteros cruzados, invertidos – , é a base física adequada para a manipulação de energias diversas. Cada detalhe ou divisão representa uma linha de força espiritual, todas se reunindo na cerimônia final da Estrela Candente. A base dessa manipulação de forças é o médium em grau de Mestrado, o qual é desenvolvido e iniciado para esse fim. Toda a cerimônia é executada pelos Mestres Sol (Doutrinadores e Doutrinadoras) e os Mestres Lua (Aparás positivos e negativos). O princípio do ritual, chamado de Consagração, é a concentração. Os mestres, em número mínimo de quatorze pares, se concentram nos bancos, em frente ao Radar de Comando. O Comandante dá início ao ritual. Os Mestres Lua sobem a rampa e aguardam ao lado do Radar. Em seguida, os Mestres Sol sobem a escada e apanham as suas ou os seus Mestres Lua. Descem com eles, segurando as pontas dos dedos. Todos os pares se juntam atrás dos bancos e, quando todos tiverem terminado o Coroamento (o ato de subir a escada e apanhar o seu par), dão início à Jornada. Sobem a rampa, à esquerda da Cachoeira, e cada par faz sua preparação em frente ao Triângulo da Cachoeira. Passam por trás do Comandante e descem em direção à Estrela. Divididos em partes iguais, os pares se colocam nos Esquifes. O Mestre Sol fica de pé na parte mais baixa do Esquife, e o Mestre Lua senta-se no banquinho de alvenaria ao lado. Os dirigentes se colocam nos dois Tronos, nas pontas dos triângulos: o Mestre Sol na ponta do amarelo e o Mestre Lua na ponta do azul. O Comandante ordena a preparação e todos os Mestres Sol dão as mãos. Depois, deitam-se nos Esquifes e permanecem alguns minutos, até que se completem os cantos ritualísticos. Depois, fazem a invocação dos espíritos que irão passar naquele trabalho e, em seguida, fazem a entrega deles ao outro plano. Depois isso, os Mestres Lua incorporam as entidades das águas, e fazem a impregnação da Estrela. Esse mesmo ritual, ampliado, envolvendo o Lago do Jaguar, ou Lago de Yemanjá, chama-se Unificação. Esse trabalho ritualístico é feito para a desintegração de energias carregadas negativamente, e para espíritos que não teriam condições de passar num simples trabalho mediúnico. Como complemento, são manipuladas energias dos planos superiores, que são dirigidas para beneficiar a coletividade, principalmente os hospitais, os presídios e as concentrações administrativas do governo. Esse trabalho é realizado todos os dias, nas faixas: 12,30 até 13,30; 14,30 até 15,30; e 18,30 até 19,30 horas. Na faixa da Lua Cheia, o trabalho é obrigatório (uma vez cada Lua) para todos os mestres e, nesse caso, se chama Anodização.
CONCLUSÃO
Caro visitante: Procuramos, aqui, sintetizar ao máximo as bases doutrinárias do Vale do Amanhecer. Sabemos das dificuldades que existem nas pessoas para saírem dos conceitos tradicionais e se acostumarem com fatos novos. Sabemos, também, que não basta a simples interpretação intelectual para se avaliar as coisas. Por esse motivo é que sugerimos a experiência pessoal de contato com o nosso trabalho. Dificilmente a gente fica sabendo o que realmente é o Vale, a menos que se tenha um contato direto, físico e, ao mesmo tempo, se tenha algum problema que possa dar a oportunidade de verificação.