
Discriminação - Ana Maria Spränger Luiz
Diz-nos a Benfeitora Joanna de Ângelis, no livro "Vida feliz "à página 42:
" Torna-te pacificador.
Onde te encontrares, estimula a paz e vive em paz.
Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.
Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de ódio.
Confia na força de não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti "Década dos anos 30/40
Cidade de Uberaba ...
Tempos das riquezas inesperadas devido ao famoso boi zebu...
" Torna-te pacificador.
Onde te encontrares, estimula a paz e vive em paz.
Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.
Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de ódio.
Confia na força de não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti "Década dos anos 30/40
Cidade de Uberaba ...
Tempos das riquezas inesperadas devido ao famoso boi zebu...
Dona Maria Modesto Cravo
Uma dama muito conhecida na cidade pelas doações que fazia à Catedral e aos pobres em geral, começou a passar por sérias dificuldades. Toda vez que tocava em qualquer objeto metálico, sentia vigoroso choque!
Tentativas diversas foram testadas para sua cura. Nada!...
Levada pelo abastado esposo até ao Dr. Ignácio Ferreira, psiquiatra renomado, foi hipnotizada por este.
Estando D. Maria Modesto Cravo em estado de transe, recebeu comunicações, passando os espíritos a dialogarem com o médico através o fenômeno estudado por Allan Kardec com o nome de psicofonia. Explicando também que aqueles choques ocorriam devido à exteriorização fluídica e magnética existente em abundância no corpo físico da paciente. Recomendando, como tratamento, que ela trabalhasse ofertando passes, isto é, impondo as mãos por sobre as cabeças dos doentes, do corpo e da alma, como Jesus ensinara há 2.000 anos, para assim ela ir canalizando aquela força exteriorizada.
A dama tornou-se discípula de Eurípedes Barsanulfo, que militava na cidade de Sacramento em Minas Gerais.
A senhora passou a ler Allan Kardec, que desde 18/04/1857 publicara obras sobre assunto tão palpitante:
- O que é o Espiritismo
- O Livro dos Espíritos
- O Livro dos Médiuns
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
- O Céu e o Inferno
- A Gênese e
- Obras Póstumas.
Encantada por poder auxiliar, ministrando passes, passou também a dedicar algumas horas do seu precioso tempo no amparo aos necessitados de modesto Centro Espírita de Uberaba.
Digamo-lo sem delongas: ela era médium!
O murmurinho começou então:
"... coitado do marido, tão rico merecia esposa melhor!"
"... por certo a dama está louca, deveria ser internada, para que serve tanto dinheiro?"
"... onde já se viu dedicar-se a essas coisas de satanás?"
Uma antiga amiga, inconformada com a atual situação, era a que mais esbravejava, diante dos fatos.
O tempo foi passando...
O marido dedicado tudo fazia para não contrariar o tratamento recomendado por Eurípedes Barsanulfo, e que surtia efeitos a olhos vistos!
No dia do aniversário de D. Maria Modesto Cravo os presentes foram chegando, não mais as ricas lembranças de outros tempos, mas velhinhos e senhoras doentes com filhos ao colo que batiam incessantemente à sua porta desejando-lhe prosperidade espiritual e expressando-lhe gratidão pelo auxílio espiritual e , também do auxílio financeiro que dela recebiam.
Chegou então, belíssimo vaso de porcelana inglesa, ricamente decorado, com lindo papel de presente e laçarote de fita de cetim. Um cartão acompanhava o mimo. Era um regalo da antiga amiga que agora a execrava. O cartão continha as seguintes palavras grafadas em bela caligrafia com tinta importada : "Isto é o que você merece!"
Quando D. Maria Modesto Cravo retirou o invólucro viu que o vasilhame continha esterco.
Um ano depois, durante as ruidosas comemorações do aniversário da milionária amiga de D. Maria Modesto Cravo, a médium enviou-lhe lindo arranjo de rosas e um cartão com a seguinte mensagem: "– Ofereço este ramalhete como prova de estima . Foram cultivadas aqui em casa, com o esterco que você me enviou no ano passado e que proporcionou excelente adubo para as roseiras cultivadas no meu jardim. Com gratidão, Maria Modesto Cravo".
Cada um dá o que tem em abundância na vida!
Maria Modesto Cravo
Antônio Lucena
Foi discípula de Eurípedes Barsanulfo, “O Apóstolo de Sacramento”, e como tantas outras criaturas foi encaminhada ao trabalho de amparo e de regeneração, graças à sua mediunidade, realizando tarefas missionárias nos dois Planos de Vida, material e espiritual.
Maria Modesto Cravo nasceu na cidade de Uberaba (MG), no dia 16 de Abril de 1899. Seus pais eram de formação católica e a encaminharam para esta religião.
Consorciou-se, aos 17 anos com o Sr. Nestor Cravo, em 1916. No ano seguinte transferiram residência para Belo Horizonte, quando sentiu os primeiros fenômenos mediúnicos em forma de obsessão, trazendo grandes problemas e preocupações para a família.
O esposo, a conselho mediúnico, resolveu retornar a Uberaba. Seu pai, João Modesto, sugeriu que ela fosse levada a Sacramento para uma consulta com Eurípedes Barsanulfo.
Foi diagnosticado que o seu mal provinha de espíritos sofredores. Teria que ser submetida de imediato a um tratamento espiritual e físico. Seu organismo estava muito debilitado.
Com o tratamento de preces e passes, água fluidificada e a leitura de “O Evangelho Segundo Espiritismo” em poucos dias Maria Modesto Cravo apresentava um quadro animador.
Com Eurípedes, começou também o seu desenvolvimento mediúnico, sendo logo convocada a trabalhar na equipe de médiuns no serviço de curas, o que ela aceitou com muita humildade.
Eurípedes a aconselhou a regressar a Uberaba, retomando sua vida no lar e colaborando com o Movimento Espírita. Assim iniciou sua colaboração em uma Casa Espírita daquela cidade do Triângulo Mineiro assistindo aos necessitados de todas as maneiras.
Em casa, discretamente começou a atender abnegado serviço de receituário, servindo de intermediária de médicos da Espiritualidade. Em janeiro de 1919 foi fundado o “Pronto Socorro Bezerra de Menezes”, na Rua Bernardo Guimarães, também em Uberaba, cujo prédio ainda hoje existe. Três vezes por semana havia uma reunião de desenvolvimento mediúnico, onde os Espíritos, através dela, e de outros médiuns, assistiam a diversos enfermos, com doutrinação de desencarnados autorizados a comunicação.Até então ela era médium passista e de cura, com a imposição das mãos. Na inauguração do Centro Espírita de Uberaba, houve significativo fato: o desabrochar de suas faculdades psicofônicas. Na primeira comunicação o Espírito se identificou como Ismael. A Diretoria da Instituição zelosa, resolveu consultar a Federação Espírita Brasileira. A resposta foi positiva, e depois se seguiram centenas de comunicações de Espíritos acrescentando detalhes de suas vidas, identificações que não deixavam qualquer dúvida.
Em 1922, no Centro Espírita de Uberaba iniciou-se a celebração do Natal dos Pobres. Milhares de crianças eram mimoseadas com brinquedos e guloseimas.
O trabalho foi estendido aos cegos, aos hansenianos e aos presidiários e suas famílias. Em virtude do grande número de obsidiados e de portadores de insanidade mental, surgiu a idéia de construção do Sanatório Espírita de Uberaba, que tem prestado serviços inestimáveis à comunidade de Uberaba e adjacências. Sua inauguração foi no dia 31 de dezembro de 1934. O Pronto Socorro “Bezerra de Menezes” fundiu-se com o Sanatório unindo-se todos os seus trabalhadores.
Desde a fundação do Sanatório, Maria Modesto Cravo vinha se prontificando a intermediária aos trabalhos de cura, na doutrinação de espíritos sofredores ou marcando a presença dos Mentores Espirituais, que transmitiam instruções, conselhos e orientações.
Nesse trabalho recebeu a ajuda do dedicado médico Dr. Ignácio Ferreira, outro companheiro de atividades missionárias em Uberaba. Ela se dedicou também à evangelização das crianças e dos jovens, em todas as faixas etárias, muitos dos quais são seus seguidores na atualidade. Em junho de 1964, a conselho médico, transferiu-se para Belo Horizonte, em tratamento de saúde. Dois meses depois agravou-se o seu estado geral e no dia 08 de agosto retornou à Espiritualidade.
Sua obra, porém, continua propiciando os melhores frutos de uma vida inteiramente devotada ao bem.
Tentativas diversas foram testadas para sua cura. Nada!...
Levada pelo abastado esposo até ao Dr. Ignácio Ferreira, psiquiatra renomado, foi hipnotizada por este.
Estando D. Maria Modesto Cravo em estado de transe, recebeu comunicações, passando os espíritos a dialogarem com o médico através o fenômeno estudado por Allan Kardec com o nome de psicofonia. Explicando também que aqueles choques ocorriam devido à exteriorização fluídica e magnética existente em abundância no corpo físico da paciente. Recomendando, como tratamento, que ela trabalhasse ofertando passes, isto é, impondo as mãos por sobre as cabeças dos doentes, do corpo e da alma, como Jesus ensinara há 2.000 anos, para assim ela ir canalizando aquela força exteriorizada.
A dama tornou-se discípula de Eurípedes Barsanulfo, que militava na cidade de Sacramento em Minas Gerais.
A senhora passou a ler Allan Kardec, que desde 18/04/1857 publicara obras sobre assunto tão palpitante:
- O que é o Espiritismo
- O Livro dos Espíritos
- O Livro dos Médiuns
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
- O Céu e o Inferno
- A Gênese e
- Obras Póstumas.
Encantada por poder auxiliar, ministrando passes, passou também a dedicar algumas horas do seu precioso tempo no amparo aos necessitados de modesto Centro Espírita de Uberaba.
Digamo-lo sem delongas: ela era médium!
O murmurinho começou então:
"... coitado do marido, tão rico merecia esposa melhor!"
"... por certo a dama está louca, deveria ser internada, para que serve tanto dinheiro?"
"... onde já se viu dedicar-se a essas coisas de satanás?"
Uma antiga amiga, inconformada com a atual situação, era a que mais esbravejava, diante dos fatos.
O tempo foi passando...
O marido dedicado tudo fazia para não contrariar o tratamento recomendado por Eurípedes Barsanulfo, e que surtia efeitos a olhos vistos!
No dia do aniversário de D. Maria Modesto Cravo os presentes foram chegando, não mais as ricas lembranças de outros tempos, mas velhinhos e senhoras doentes com filhos ao colo que batiam incessantemente à sua porta desejando-lhe prosperidade espiritual e expressando-lhe gratidão pelo auxílio espiritual e , também do auxílio financeiro que dela recebiam.
Chegou então, belíssimo vaso de porcelana inglesa, ricamente decorado, com lindo papel de presente e laçarote de fita de cetim. Um cartão acompanhava o mimo. Era um regalo da antiga amiga que agora a execrava. O cartão continha as seguintes palavras grafadas em bela caligrafia com tinta importada : "Isto é o que você merece!"
Quando D. Maria Modesto Cravo retirou o invólucro viu que o vasilhame continha esterco.
Um ano depois, durante as ruidosas comemorações do aniversário da milionária amiga de D. Maria Modesto Cravo, a médium enviou-lhe lindo arranjo de rosas e um cartão com a seguinte mensagem: "– Ofereço este ramalhete como prova de estima . Foram cultivadas aqui em casa, com o esterco que você me enviou no ano passado e que proporcionou excelente adubo para as roseiras cultivadas no meu jardim. Com gratidão, Maria Modesto Cravo".
Cada um dá o que tem em abundância na vida!
Maria Modesto Cravo
Antônio Lucena
Foi discípula de Eurípedes Barsanulfo, “O Apóstolo de Sacramento”, e como tantas outras criaturas foi encaminhada ao trabalho de amparo e de regeneração, graças à sua mediunidade, realizando tarefas missionárias nos dois Planos de Vida, material e espiritual.
Maria Modesto Cravo nasceu na cidade de Uberaba (MG), no dia 16 de Abril de 1899. Seus pais eram de formação católica e a encaminharam para esta religião.
Consorciou-se, aos 17 anos com o Sr. Nestor Cravo, em 1916. No ano seguinte transferiram residência para Belo Horizonte, quando sentiu os primeiros fenômenos mediúnicos em forma de obsessão, trazendo grandes problemas e preocupações para a família.
O esposo, a conselho mediúnico, resolveu retornar a Uberaba. Seu pai, João Modesto, sugeriu que ela fosse levada a Sacramento para uma consulta com Eurípedes Barsanulfo.
Foi diagnosticado que o seu mal provinha de espíritos sofredores. Teria que ser submetida de imediato a um tratamento espiritual e físico. Seu organismo estava muito debilitado.
Com o tratamento de preces e passes, água fluidificada e a leitura de “O Evangelho Segundo Espiritismo” em poucos dias Maria Modesto Cravo apresentava um quadro animador.
Com Eurípedes, começou também o seu desenvolvimento mediúnico, sendo logo convocada a trabalhar na equipe de médiuns no serviço de curas, o que ela aceitou com muita humildade.
Eurípedes a aconselhou a regressar a Uberaba, retomando sua vida no lar e colaborando com o Movimento Espírita. Assim iniciou sua colaboração em uma Casa Espírita daquela cidade do Triângulo Mineiro assistindo aos necessitados de todas as maneiras.
Em casa, discretamente começou a atender abnegado serviço de receituário, servindo de intermediária de médicos da Espiritualidade. Em janeiro de 1919 foi fundado o “Pronto Socorro Bezerra de Menezes”, na Rua Bernardo Guimarães, também em Uberaba, cujo prédio ainda hoje existe. Três vezes por semana havia uma reunião de desenvolvimento mediúnico, onde os Espíritos, através dela, e de outros médiuns, assistiam a diversos enfermos, com doutrinação de desencarnados autorizados a comunicação.Até então ela era médium passista e de cura, com a imposição das mãos. Na inauguração do Centro Espírita de Uberaba, houve significativo fato: o desabrochar de suas faculdades psicofônicas. Na primeira comunicação o Espírito se identificou como Ismael. A Diretoria da Instituição zelosa, resolveu consultar a Federação Espírita Brasileira. A resposta foi positiva, e depois se seguiram centenas de comunicações de Espíritos acrescentando detalhes de suas vidas, identificações que não deixavam qualquer dúvida.
Em 1922, no Centro Espírita de Uberaba iniciou-se a celebração do Natal dos Pobres. Milhares de crianças eram mimoseadas com brinquedos e guloseimas.
O trabalho foi estendido aos cegos, aos hansenianos e aos presidiários e suas famílias. Em virtude do grande número de obsidiados e de portadores de insanidade mental, surgiu a idéia de construção do Sanatório Espírita de Uberaba, que tem prestado serviços inestimáveis à comunidade de Uberaba e adjacências. Sua inauguração foi no dia 31 de dezembro de 1934. O Pronto Socorro “Bezerra de Menezes” fundiu-se com o Sanatório unindo-se todos os seus trabalhadores.
Desde a fundação do Sanatório, Maria Modesto Cravo vinha se prontificando a intermediária aos trabalhos de cura, na doutrinação de espíritos sofredores ou marcando a presença dos Mentores Espirituais, que transmitiam instruções, conselhos e orientações.
Nesse trabalho recebeu a ajuda do dedicado médico Dr. Ignácio Ferreira, outro companheiro de atividades missionárias em Uberaba. Ela se dedicou também à evangelização das crianças e dos jovens, em todas as faixas etárias, muitos dos quais são seus seguidores na atualidade. Em junho de 1964, a conselho médico, transferiu-se para Belo Horizonte, em tratamento de saúde. Dois meses depois agravou-se o seu estado geral e no dia 08 de agosto retornou à Espiritualidade.
Sua obra, porém, continua propiciando os melhores frutos de uma vida inteiramente devotada ao bem.
Texto extraído do Jornal Mundo Espírita
in setembro/2000 - n. 1394 - Ano LXVIII- Curitiba - Paraná
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