terça-feira, 4 de novembro de 2008

SINTOMAS DA MEDIUNIDADE


SINTOMAS DE MEDIUNIDADE


por: Manoel Philomeno de Miranda

A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico.À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo, amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural da mediunidade.Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência.Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenômenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto.Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas. Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para que não lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido.Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo.Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre.Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium a realizar o autodescobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje.O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual.A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz.A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueloutros que as captam e as transformam em mensagens significativas.Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.A correta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador.É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenômenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranqüila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.Cuidadosamente atendida, a mediunidade proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz.Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus.

Irmã Scheilla



ENCARNAÇÕES ANTERIORES

Temos notícias apenas de duas encarnações de Scheilla, segundo informações do Médium Chico Xavier/Vivaldo da Cunha: uma na França, no século XVI, e outra na Alemanha.Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon a 28/01/1572 e desencarnou em Moulins a 13/12/1641. Entrou na historia como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casou aos 20 anos com o barão de Chantal. Tendo muito cedo perdido seu marido, abandonou o mundo com seus 4 filhos, partilhando seu tempo entre as orações, obras piedosas e seus deveres de mãe. Em 1604, juntamente com o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, fundaram em Annecy a congregação da Visitação de Maria, que dirigiu como superiora, a casa que havia fundado em Paris, no Bairro de Santo Antônio. Em Paris, passaram por grandes dificuldades e em 1619, Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem de Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da Ordem.A 13 de dezembro de 1641 ela veio a falecer.A outra encarnação conhecida de Scheilla verificou-se na Alemanha. Corriam os anos, e as guerras, os conflitos, eram vividos por todos os povos.Aflições e angústias assolavam a cidade de Berlim na Alemanha, onde Scheilla já atuava como enfermeira, socorrendo onde fosse chamada. Seu estilo simples, sua meiguice espontânea, muito ajudavam em sua profissão. Bonita, tez clara, cabelo muito louro, dava-lhe um ar de graça muito suave e mostrava nos olhos azuis-esverdeados um brilho intenso refletindo a grandeza de seu Espírito. Estatura mediana, sempre com seu avental branco, lá estava Scheilla, preocupada em ajudar sempre e sempre. Esquecia-se de si mesma, pensava somente na sua responsabilidade; via primeiro a dor, depois a criatura... Essa moça não ouvia as terríveis explosões partidas das armas destruidoras, porque o que Scheilla ouvia era a voz de alguém que gemia de frio e de dor. Por esta razão, numa tarde onde os soldados se misturavam ao ódio, gerado por almas sedentas de batalha, eis que tomba no solo de sua pátria, a jovem enfermeira, que através de sua coragem atravessava os campos perigosos de batalha, para socorrer, sanar os gritos que lhe vinham de encontro. Pelo toque triste de um clarim, muitos viram cair junto aos sofridos soldados na Primeira Grande Guerra Mundial, o corpo da enfermeira fiel, destemida e amiga. Morria nos campos de luta, Scheilla, aos 28 anos de idade, para depois de muitos anos, surgir nas esferas superiores com o seu mesmo estilo, seu mais ainda aprimorado carinho e dedicação. Scheilla a Enfermeira do Alto, descendo agora em outra condição.
TRABALHO ESPIRITUAL NO BRASIL
Tudo indica que Scheilla vinculou-se, algum tempo após a sua desencarnação em terras alemãs, às falanges espirituais que atuam em nome do Cristo, no Brasil.Atualmente nossa querida Mentora trabalha na Espiritualidade juntamente com Cairbar Schutel, Coordenador Geral da Colônia Espiritual Alvorada Nova. Scheilla ,"desenvolve um trabalho forte e muito amplo com dedicação ímpar, coordenando quatorze equipes cujos coordenadores formam com ela o Conselho da Casa de Repouso, o qual se reúne periodicamente, decidindo às questões pertinentes à Casa.
Conta-nos R. A. Ranieri que, numa das primeiras reuniões de materialização, realizada pelo médium “Peixotinho”, iniciadas em 1948, já surgiu a figura caridosa de Scheilla. “(...) em Belo Horizonte, marcou-se uma pequena reunião que seria realizada com a finalidade de se submeter a tratamento dona Ló de Barros Soares, esposa de Jair Soares. (...) No silêncio e na escuridão surgiu a figura luminosa de mulher, vestida de tecidos de luz e ostentando duas belas tranças. Era Scheilla, entidade que na última encarnação animou a de uma moça alemã. Nas mãos trazia um aparelho semelhante a uma pedra verde-clara e ao qual se referiu dizendo que era um aparelho ainda desconhecido na Terra, emissor de radioatividade. (...) Fez aplicações com o aparelho em dona Ló. (...) A simplicidade e a beleza do espírito nos falava das regiões benditas da perfeição. (...) Depois de alguns minutos, levantou-se da cadeira e fez uma belíssima pregação evangélica com sotaque alemão e voz de mulher.”Em vários grupos espíritas brasileiros, além de sua atuação na assistência à saúde humana, ela sempre se caracterizou em trazer às reuniões certos objetos (fenômeno de transporte) e distribuir no recinto éter ou perfume. É por isso que fica no ambiente um encantador perfume de flores.Conta-nos Chico Xavier, que em um depoimento de Joaquim Alves (Jô), com a presença de Scheilla: “Chico aplicava passes. Ao nosso lado, ocorreu um ruído, qual se algum objeto de pequeno porte tivesse sido arremessado, sem muita violências. (-Jô - disse um médium - Scheilla deu-lhe um presente). Logo mais, procuramos ao nosso derredor e vimos um caramujo grande e adoravelmente belo, estriado em deliciosas cores. Apanhamo-lo, incontinenti, e verificamos nele água marítima, salgada e gelada, com restos de uma areia fresca. Scheilla o transportara para nós. Estávamos a centenas de quilômetros de uma nesga de mar, em manhã de sol abrasador que crestava a vegetação e, em nossas mãos, o caramujo que o Espírito nos ofertara.”“Scheilla estava triste. Viera da Alemanha, onde visitara sua família. Notara-lhes os grandes problemas, e entregues ao materialismo. Recompôs-se, falando sobre o Natal. Estava presente um cientista suíço, materialista, que ali viera ter por insistência de seus familiares, e Scheilla, em sotaque alemão, anunciou: -Para nosso irmão que está ali - indicava o suíço -, vou dar o perfume que a sua mãezinha usava, quando na Terra. Despertou-lhe um soluço comovido, pela lembrança que se lhe aflorou à memória, recordando a figura da mãezinha ausente.”“(...) vivemos, algum tempo depois, outro raro instante.Bissoli, Gonçalves, Isaura, entre outros, compunham a equipe de beneficiados, agrupando-se numa das salas da casa de André, tendo Chico se retirado para o dormitório do casal. Uma onda de perfume. Corporifica-se Scheilla, loira e jovial, falando com seu forte sotaque alemão. Bissoli estabeleceu o diálogo. -Eu me sinto mal-diz Bissoli. -Você - informou Scheilla - come muita manteiga. Vou tirar uma radiografia de seu estômago. A pedido, nosso companheiro levantou a camisa. O espírito corporificado aproxima-se e entrecorre, num sentido horizontal, os seus dedos semi-abertos sobre a região do estômago de nosso amigo. E tal se lhe incrustasse uma tela de vidro no abdômen, podíamos ver as vísceras em funcionamento. - Pronto! - diz Scheilla, apagando o fenômeno. - Agora levarei a radiografia ao Plano Espiritual para que a estudem e lhe dêem um remédio.”Ao término destes singelos apontamentos biográficos, com muito respeito por esse Espírito Missionário, de tanta dedicação e amor em nome de Jesus, só nos resta agradecer a assistência e amor doados por ela.

“ABENÇOA SEMPRE... Abençoa a Terra, por onde passes, e a Terra abençoará a tua passagem para sempre.”


Scheilla

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Joanna de ângelis


JOANNA DE ÂNGELIS O Espírito Joanna de Ângelis, através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco, tem escrito livros ricos de ensinamentos, verdadeiros tratados de saúde mental, com uma terapia baseada no Evangelho de Jesus e na Codificação Kardequiana. Vale a pena lembrar que as mensagens contidas em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo IX, item 7: A Paciência Havre-1862 e Capítulo XVIII, itens 13 a 15: Dar-se-á àquele que tem. , Bordeuax (bordeus)-1862, recebidas de Um Espírito Amigo, são de sua autoria.
Joanna de Ângelis, em outras reencarnações, foi:
Joana de Cuza, uma das piedosas mulheres do Evangelho. Era esposa de Cuza, procurador de Herodes, o Tetrarca, (governador de uma tetrarquia, cada uma das partes de um estado ou província dividida em quatro governos). Joana foi curada por Jesus (Lucas VIII 2 e 3), com Maria Madalena, Suzana e muitas outras mulheres, as quais lhe prestava assistência com os seus bens. Em Lucas 24: 10 é mencionada entre as mulheres que, na manhã de Páscoa, tendo ido ao sepulcro de Jesus, o encontraram vazio.
Em Roma, no ano de 68, 27 de Agosto, por não renunciar à fé em Jesus, é sacrificada numa fogueira, no Coliseu. Desencarnou perdoando seus carrascos.
Joanna, certamente, viveu no tempo de Francisco de Assis (1182- 1226), talvez numa das ordens fundadas por Clara de Assis (1193- 1252), fundadora da Ordem das Clarissas.
O Martirologico Romana comemora-a em 14 de Maio.
No México, foi Juana de Asbajey Ramires de Santillana. Nasceu em 1651 em San Miguel Neplanta, filha de D. Manuel Asbaje, espanhol, e de Isabel Ramirez de Santillana, indigena.
Foi uma criança precoce. Começou a fazer versos aos cinco anos. Aos doze aprendeu latim em vinte aulas e português sozinha, falava a língua indígena nauatle, dos nauas, geralmente chamados de astecas. Na Corte, o vice-rei de Espanha, o Marquês de Mancera, querendo criar uma corte brilhante, na tradição européia, convidou a menina-prodígio de treze anos para dama de companhia de sua mulher.
Encantou a todos com sua beleza, inteligência e graciosidades, seus poemas de amor são citados até hoje e suas peças representadas em programas de rádio e televisão.
Mas sua sede de saber era maior que a ilusão de prosseguir brilhando na Corte. Aos dezesseis anos ingressa no Convento das Carmelitas Descalças e depois foi para a Ordem de São Geronimo da Conceição, tomando o nome de Soror Juana Inês de la Cruz, ficando conhecida pelos seus hábitos de estudo como Monja da Biblioteca.
Em 1690 dizia da necessidade do conhecimento geral para melhor entender e servir a Deus, defendendo o direito da mulher de se dedicar às atividade intelectuais.
Tal documento é considerado a Carta Magna da liberdade intelectual da mulher americana.
Mulher de letras e de ciências, ela foi a porta-voz das escravatizadas do seu tempo.
É citada num artigo da Revista Selecções do Reader´s Digest, de Julho de 1972. Soror Juana Inês de la Cruz: A primeira feminista do Novo Mundo.
Dizia que é pela compreensão que o homem é superior aos animais.
Trabalhando na cozinha do Convento, descobre muitos segredos naturais, e conclui que se Aristóteles tivesse cozinhado, teria escrito muito mais.
Como se vê, trata-se de um vulto muito importante para o México e para a Humanidade, tanto assim que a cédula de 1000 pesos tem a sua efigie.
Em 1695 houve uma epidemia de peste na região. Juana, socorrendo os doentes, desencarna de peste aos 44 anos.
Na Bahia, foi Soror Joana Angélica, religiosa da Ordem das Reformadas de Nossa Senhora da Conceição e Heroína da Independência do Brasil.
Joana Angelica de Jesus nasceu em Salvador, na Bahia, a 11 de Dezembro de 1761.
Entrou para o noviciado no Convento de Nossa Senhora da Lapa em 1782, pronunciando os votos um ano depois.
Entre 1798 e 1801 exerceu diversos cargos burocráticos na comunidade, assumindo as funções de vigária. Conduzida ao posto de conselheira em 1809, retornou ao vicariato em 1811. Eleita abadessa, em 1814, esteve à frente do convento até 1817, sendo reeleita três anos depois.
Em 7 de Setembro de 1822, no Ipiranga, S. Paulo, D. Pedro I proclamou a independência do Brasil, separando-o de Portugal. Porém, na Bahia, as tropas portuguesas comandadas pelo Brigadeiro Inácio Luis Madeira de Mala (1775-1833), resistiram tenazmente às forças mandadas por D. Pedro I. Somente em 2 de Julho de 1823 Madeira de Malo abandonou a Bahia, embarcando para Portugal com suas tropas.
As tropas brasileiras eram comandadas pelo militar francês Pierre Labatut (1768-1849), e o tenente Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias. Vale lembrar que Maria Quiteria de Jesus Medeiros, a primeira mulher-soldado, sagra-se heroína, sendo condecorada por D. Pedro I.
Durante as lutas pela independência, em 19 de Fevereiro de 1823, os soldados portugueses invadiram o convento de Nossa Senhora da Lapa.
Soror Joana Angelica sai à porta do Convento, intimando-os com a cruz alçada, a não profanarem o abrigo de suas protegidas. Resistiu valentemente, sendo atacada a golpes de baioneta.
Com o seu martírio deu tempo às internas de escaparem, refugiando-se no Convento da Soledade.
Soror Joana Angélica recebeu socorros, vivendo, porém, poucas horas, desencarnando no dia seguinte, 20 de Fevereiro.
Tombando numa luta pelos ideais de liberdade, Soror Joana Angélica tornou-se mártir da Independência do Brasil.
Como Joanna de Ângelis prossegue no mundo espiritual como verdadeira Amiga e Benfeitora, como um Espírito Amigo, das mensagens do Evangelho Segundo o Espiritismo, orientando as criaturas através dos séculos, em diversas existências para Jesus e para o Bem.

Discriminação - Ana Maria Spränger Luiz

Diz-nos a Benfeitora Joanna de Ângelis, no livro "Vida feliz "à página 42:
" Torna-te pacificador.
Onde te encontrares, estimula a paz e vive em paz.
Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.
Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de ódio.
Confia na força de não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti "Década dos anos 30/40
Cidade de Uberaba ...
Tempos das riquezas inesperadas devido ao famoso boi zebu...

Dona Maria Modesto Cravo


Uma dama muito conhecida na cidade pelas doações que fazia à Catedral e aos pobres em geral, começou a passar por sérias dificuldades. Toda vez que tocava em qualquer objeto metálico, sentia vigoroso choque!
Tentativas diversas foram testadas para sua cura. Nada!...
Levada pelo abastado esposo até ao Dr. Ignácio Ferreira, psiquiatra renomado, foi hipnotizada por este.
Estando D. Maria Modesto Cravo em estado de transe, recebeu comunicações, passando os espíritos a dialogarem com o médico através o fenômeno estudado por Allan Kardec com o nome de psicofonia. Explicando também que aqueles choques ocorriam devido à exteriorização fluídica e magnética existente em abundância no corpo físico da paciente. Recomendando, como tratamento, que ela trabalhasse ofertando passes, isto é, impondo as mãos por sobre as cabeças dos doentes, do corpo e da alma, como Jesus ensinara há 2.000 anos, para assim ela ir canalizando aquela força exteriorizada.
A dama tornou-se discípula de Eurípedes Barsanulfo, que militava na cidade de Sacramento em Minas Gerais.
A senhora passou a ler Allan Kardec, que desde 18/04/1857 publicara obras sobre assunto tão palpitante:
- O que é o Espiritismo
- O Livro dos Espíritos
- O Livro dos Médiuns
- O Evangelho Segundo o Espiritismo
- O Céu e o Inferno
- A Gênese e
- Obras Póstumas.
Encantada por poder auxiliar, ministrando passes, passou também a dedicar algumas horas do seu precioso tempo no amparo aos necessitados de modesto Centro Espírita de Uberaba.
Digamo-lo sem delongas: ela era médium!
O murmurinho começou então:
"... coitado do marido, tão rico merecia esposa melhor!"
"... por certo a dama está louca, deveria ser internada, para que serve tanto dinheiro?"
"... onde já se viu dedicar-se a essas coisas de satanás?"
Uma antiga amiga, inconformada com a atual situação, era a que mais esbravejava, diante dos fatos.
O tempo foi passando...
O marido dedicado tudo fazia para não contrariar o tratamento recomendado por Eurípedes Barsanulfo, e que surtia efeitos a olhos vistos!
No dia do aniversário de D. Maria Modesto Cravo os presentes foram chegando, não mais as ricas lembranças de outros tempos, mas velhinhos e senhoras doentes com filhos ao colo que batiam incessantemente à sua porta desejando-lhe prosperidade espiritual e expressando-lhe gratidão pelo auxílio espiritual e , também do auxílio financeiro que dela recebiam.
Chegou então, belíssimo vaso de porcelana inglesa, ricamente decorado, com lindo papel de presente e laçarote de fita de cetim. Um cartão acompanhava o mimo. Era um regalo da antiga amiga que agora a execrava. O cartão continha as seguintes palavras grafadas em bela caligrafia com tinta importada : "Isto é o que você merece!"
Quando D. Maria Modesto Cravo retirou o invólucro viu que o vasilhame continha esterco.
Um ano depois, durante as ruidosas comemorações do aniversário da milionária amiga de D. Maria Modesto Cravo, a médium enviou-lhe lindo arranjo de rosas e um cartão com a seguinte mensagem: "– Ofereço este ramalhete como prova de estima . Foram cultivadas aqui em casa, com o esterco que você me enviou no ano passado e que proporcionou excelente adubo para as roseiras cultivadas no meu jardim. Com gratidão, Maria Modesto Cravo".
Cada um dá o que tem em abundância na vida!
Maria Modesto Cravo
Antônio Lucena
Foi discípula de Eurípedes Barsanulfo, “O Apóstolo de Sacramento”, e como tantas outras criaturas foi encaminhada ao trabalho de amparo e de regeneração, graças à sua mediunidade, realizando tarefas missionárias nos dois Planos de Vida, material e espiritual.
Maria Modesto Cravo nasceu na cidade de Uberaba (MG), no dia 16 de Abril de 1899. Seus pais eram de formação católica e a encaminharam para esta religião.
Consorciou-se, aos 17 anos com o Sr. Nestor Cravo, em 1916. No ano seguinte transferiram residência para Belo Horizonte, quando sentiu os primeiros fenômenos mediúnicos em forma de obsessão, trazendo grandes problemas e preocupações para a família.
O esposo, a conselho mediúnico, resolveu retornar a Uberaba. Seu pai, João Modesto, sugeriu que ela fosse levada a Sacramento para uma consulta com Eurípedes Barsanulfo.
Foi diagnosticado que o seu mal provinha de espíritos sofredores. Teria que ser submetida de imediato a um tratamento espiritual e físico. Seu organismo estava muito debilitado.
Com o tratamento de preces e passes, água fluidificada e a leitura de “O Evangelho Segundo Espiritismo” em poucos dias Maria Modesto Cravo apresentava um quadro animador.
Com Eurípedes, começou também o seu desenvolvimento mediúnico, sendo logo convocada a trabalhar na equipe de médiuns no serviço de curas, o que ela aceitou com muita humildade.
Eurípedes a aconselhou a regressar a Uberaba, retomando sua vida no lar e colaborando com o Movimento Espírita. Assim iniciou sua colaboração em uma Casa Espírita daquela cidade do Triângulo Mineiro assistindo aos necessitados de todas as maneiras.
Em casa, discretamente começou a atender abnegado serviço de receituário, servindo de intermediária de médicos da Espiritualidade. Em janeiro de 1919 foi fundado o “Pronto Socorro Bezerra de Menezes”, na Rua Bernardo Guimarães, também em Uberaba, cujo prédio ainda hoje existe. Três vezes por semana havia uma reunião de desenvolvimento mediúnico, onde os Espíritos, através dela, e de outros médiuns, assistiam a diversos enfermos, com doutrinação de desencarnados autorizados a comunicação.Até então ela era médium passista e de cura, com a imposição das mãos. Na inauguração do Centro Espírita de Uberaba, houve significativo fato: o desabrochar de suas faculdades psicofônicas. Na primeira comunicação o Espírito se identificou como Ismael. A Diretoria da Instituição zelosa, resolveu consultar a Federação Espírita Brasileira. A resposta foi positiva, e depois se seguiram centenas de comunicações de Espíritos acrescentando detalhes de suas vidas, identificações que não deixavam qualquer dúvida.
Em 1922, no Centro Espírita de Uberaba iniciou-se a celebração do Natal dos Pobres. Milhares de crianças eram mimoseadas com brinquedos e guloseimas.
O trabalho foi estendido aos cegos, aos hansenianos e aos presidiários e suas famílias. Em virtude do grande número de obsidiados e de portadores de insanidade mental, surgiu a idéia de construção do Sanatório Espírita de Uberaba, que tem prestado serviços inestimáveis à comunidade de Uberaba e adjacências. Sua inauguração foi no dia 31 de dezembro de 1934. O Pronto Socorro “Bezerra de Menezes” fundiu-se com o Sanatório unindo-se todos os seus trabalhadores.
Desde a fundação do Sanatório, Maria Modesto Cravo vinha se prontificando a intermediária aos trabalhos de cura, na doutrinação de espíritos sofredores ou marcando a presença dos Mentores Espirituais, que transmitiam instruções, conselhos e orientações.
Nesse trabalho recebeu a ajuda do dedicado médico Dr. Ignácio Ferreira, outro companheiro de atividades missionárias em Uberaba. Ela se dedicou também à evangelização das crianças e dos jovens, em todas as faixas etárias, muitos dos quais são seus seguidores na atualidade. Em junho de 1964, a conselho médico, transferiu-se para Belo Horizonte, em tratamento de saúde. Dois meses depois agravou-se o seu estado geral e no dia 08 de agosto retornou à Espiritualidade.
Sua obra, porém, continua propiciando os melhores frutos de uma vida inteiramente devotada ao bem.

Texto extraído do Jornal Mundo Espírita

in setembro/2000 - n. 1394 - Ano LXVIII- Curitiba - Paraná




Reflexão


"As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?"




-Mahatma Gandhi-

domingo, 2 de novembro de 2008

A Vida Surpreendente de Batuíra


ANTÔNIO GONÇALVES DA SILVA "BATUÍRA", nasceu na Freguesia das Águas Santas (Portugal), em 19 de março de 1839. Aos onze anos, imigrou para o Brasil, vivendo três anos no Rio de Janeiro, transferindo-se depois para Campinas (São Paulo), onde trabalhou por alguns anos na lavoura.
Mais tarde, fixou residência na Capital bandeirante, dedicando-se à venda de jornais. Naquela época, São Paulo era uma cidade de 30 mil habitantes. Ele entregava os jornais de casa em casa, conquistando nessa profissão a simpatia e a amizade dos seus fregueses. Muito ativo, correndo daqui para acolá, a gente da rua o apelidava "O BATUÍRA" (nome que o povo dava à narceja, ave pernalta, muito ligeira, de vôo rápido, que freqüenta os charcos, à volta dos lagos).
Convivendo com os acadêmicos de Direito do Largo de São Francisco passou a dedicar-se à arte teatral: montou pequeno teatro à rua Cruz Preta (depois denominada rua Senador Quintino Bocaiúva). Quando aparecia em cena, BATUÍRA era aplaudido e os estudantes lhe dedicavam versos como estes: "Salve grande Batuíra/Com seus dentes de traíra/Com seus olhos de safira/Com tua arte que me inspira/Nas cordas de minha lira/Estes versos de mentira.
Àquela altura da sua vida passou a fabricar charutos, o que fez prosperar as suas finanças. Adquiriu diversos lotes de terrenos no Lavapés, onde construiu sua residência e, ao lado, uma rua particular de casas que alugava aos humildes e que hoje se chama Rua Espírita.
De espírito humanitário e idealista, aderiu, desde logo, à Campanha Abolicionista, trabalhando denodadamente ao lado de Luiz Gama e de Antônio Bento. Em sua casa e abrigava os escravos foragidos e só os deixava sair com a Carta de Alforria.
Despertado pela Doutrina Espírita exemplificou no mais alto grau dos ensinamentos cristãos: praticava a caridade, consolava os aflitos, tratava os doentes com a Homeopatia e difundia os princípios espíritas. Fundou o jornal "Verdade e Luz", em 25 de maio de 1890, que chegou a ter uma tiragem de cinco mil exemplares. Abriu mão dos seus bens em favor dos necessitados.
A sua casa no Lavapés, que era ao mesmo tempo hospital, farmácia, albergue, escola e asilo. Ele a doou para sede da Instituição Beneficente "Verdade e Luz". Recolhia os doentes e os desamparados, infundindo-lhes a fé necessária para poderem suportar suas provas terrenas. A propósito disso dizia-se de Batuíra: "Um bando de aleijados vivia com ele". Quem chegasse à sua casa, fosse lá quem fosse, tinha cama, mesa e cobertor.
De suas primeiras núpcias com dona Brandina Maria de Jesus, teve um filho, Joaquim Gonçalves Batuíra que veio a se casar com dona Flora Augusta Gonçalves Batuíra. Das segundas núpcias teve outro filho que desencarnou aos doze anos. Mas, apesar disso, Batuíra era pai de quase toda gente. Exemplo disso foi o Zeca, que Batuíra recebeu com poucos meses e criou como seu filho adotivo, o qual se tornou continuador da sua obra na instituição beneficente que ele fundara.
Eis alguns traços da personalidade de Batuíra pela pena do festejado escritor Afonso Schmidt: "Em 1873, por ocasião da terrível epidemia de varíola que assolou a capital da Província, ele serviu de médico, de enfermeiro, de pai para os flagelados, deu-lhes não apenas o remédio e os desvelos, mas também o pão, o teto e o agasalho. Daí a popularidade de sua figura. Era baixo, entroncado e usava longas barbas que lhe cobriam o peito amplo. Com o tempo essa barba se fez branca e os amigos diziam que ele era tão bom, que se parecia com o imperador".
Batuíra era tão popular que foi citado em obras como: "História e Tradições da Cidade de São Paulo", de Ernani Silva Bueno; "A Academia de São Paulo - Tradições e Reminiscências - Estudantes, Estudantões e Estudantadas", de Almeida Nogueira; "A Cidade de São Paulo em 1900", de Alfredo Moreira Pinto. Escreveram ainda sobre ele J. B. Chagas, Afonso Schmidt, Paulo Alves Godoy e Zeus Wantuil.
Batuíra criou grupos espíritas em São Paulo, Minas Gerais, e Estado do Rio, proferiu conferências espíritas por toda parte, criou a Livraria e Editora Espírita, onde se fez impressor e tipógrafo.
Referindo-se ao seu desencarne, Afonso Schmidt escreveu: "Batuíra faleceu a 22 de Janeiro de 1909. São Paulo inteiro comove-se com o seu desaparecimento. Que idade tinha? Nem ele mesmo sabia. Mas o seu nome ficou por aí, como um clarão de bondade, de doçura, de delicadeza ao céu, dessas que se vão fazendo cada vez mais raras num mundo velho, sem porteira..."


OFERTA DO GRUPO ESPÍRITA BATUÍRA - Rua Caiubí, 1306, Perdizes, São Paulo, SP


texto de : Apolo Oliva Filho



fonte: Portal do Espírito


sábado, 1 de novembro de 2008

NA CASA DE MEU PAI, HÁ MUITAS MORADAS


CAP. III JOÃO CAP. 14.

Jesus disse: Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, Crede também em mim. Na casa de meu Pai, há muitas moradas. Se assim não fora eu vo-lo teria dito, pois vou aparelhar-vos o lugar. E depois de ir- virei, outra vez e tomar-vos-ei para mim, para que onde eu esteja, estejais vós também.



A casa do Pai é o Universo e as diversas moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem aos Espíritos, lugares de moradia de acordo com a evolução de cada um.


Existem mundos físicos para a encarnação ou outras formas de vida que desconhecemos. Existe também, como nos dizem os mentores, lugares na Espiritualidade, alguns bem perto da Terra que eles denominam Crosta, onde espíritos desencarnados ainda sentem as influências materiais, sentindo-se mais ou menos felizes, sempre de acordo com o seu adiantamento. Sabe-se ainda pelos ensinos dos Espíritos, que os diversos mundos físicos ou estâncias espirituais, são muito diferentes uns dos outros apresentando os aspectos que seus moradores lhes imprimem.


Existem regiões agrestes e destituídas de belezas naturais. Trevosas Nebulosas (Como nos relata André Luiz)

Regiões abismais, sem a beleza da vegetação e das flores, lugares onde os arbustos mostram-se retorcidos como se estivessem atormentados. Regiões sem a limpidez do Céu e o murmúrio das fontes e dos rios. Espíritos disformes ali habitam, alguns tão animalescos que os próprios mentores se recusam a descrevê-los.


Mas também por outro lado, existem lugares que primam pela harmonia, pela ordem, e beleza da natureza. Habitam ali seres benfazejos alegres e felizes conseqüentemente belos de físico e de alma. São esses os mundos Superiores e Celestes onde o bem reina sem qualquer mistura.


Sabemos que mundos físicos tal como a Terra, passam por modificações físicas. Modificações essas que acompanham a evolução dos seres que o habitam. Assim é que a terra, há milênios foi um Planeta Primitivo. Seu aspecto era então muito diferente do que é hoje. Na sua origem, foi uma massa incandescente. Foi esfriando pouco a pouco e sua superfície, principiou a endurecer. Pode-se compará-la diz a (Gênese) a um bloco de carvão ao sair da fornalha e cuja superfície se apaga e esfria ao contato com o ar. Mantendo-se lhe o interior em estado de ignição. E em conseqüência do esfriamento, os elementos formaram novas constituições ou combinações. O ar muito dilatado, decerto se estendia a uma distância imensa e toda água forçosamente transformada em vapor se encontrava misturada com o ar. As matérias suscetíveis de se volatilizarem, tais como os metais o enxofre e o carbono se achavam em estado de gás. A atmosfera nada tinha de comparável ao que é hoje. A densidade de todos esses vapores lhe dava uma opacidade que nenhum raio de Sol podia atravessar. A atmosfera era uma fornalha abrasadora. Esse foi o período primitivo da Terra. Sucederam-se depois outros períodos.


Transição e Secundário foram períodos que deixou importantes despojos fósseis de animais e de vegetais, dentro das diferentes camadas, até nas mais duras pedras. Entre os despojos desses animais, alguns se mostram penetrados de matéria calcária, que os transformaram em pedras. São não raros, esqueletos completos. São numerosos os peixes e moluscos fósseis.


É ainda do Período Secundário, os fósseis dos répteis gigantes. A vegetação desse período é menos colossal que a precedente, sem dúvida em virtude da diminuição do calor e da umidade e de modificações da atmosfera. É a natureza quem fala desde que se note traços de fogo, pode-se dizer com certeza, que houve fogo ali. Onde se vejam sinais de água, pode-se dizer com certeza que houve água ali. E assim também com os animais. A Geologia é toda uma ciência de observações, só tira conclusões do que vê.

Mais tarde no Período Pós Diluviano, aparece o homem. E a Terra foi passando para um planeta de Provas e Expiações, pois foi recebendo grandes levas de Espíritos degredados, vindos da outros Planetas, Ex. Os Capelinos, vindo de Capela ou Cabra da Constelação de Cocheiro.

As encarnações sucessivas foram se processando e segundo informações dos espíritos, a Terra deverá passar a Planeta de Regeneração. Diz-se que nessa época será habitada por Homens melhores. Será um Planeta com boas condições física e clima mais ameno.

Não existirá doenças tão deploráveis. Haverá uma constante atividade no Bem e novos conhecimentos científicos e filosóficos serão dado ao homem conhecer. Surgirá a leitura telepática...

GLOBALIZAÇÃO ESPIRITUAL

Com este pensamento, pretende-se uma globalização dos ensinamentos cristãos que vise uma mudança de comportamento da humanidade em busca da implantação do amor, da cooperação, da fraternidade, da luta constante pela pureza de espírito entre todos que ainda não conhecem o caminho da verdade e da vida. Isto significa dizer que todos que são evangélicos que vivam os seus princípios com amor e felicidade, onde todos que são católicos que continuem com os seus ideais, e todos os outros que professam uma religião cristã; que vivam as suas vidas em cristo sem atacar a ninguém. Este é o princípio da globalização, isto significa dizer, ser cristão sem fronteiras, numa abertura feita sem decreto, para que o mundo inteiro possa conhecer o que se entende por cristianismo redivivo, de luz, de paz e de conforto para todos aqueles que desejam a sua transformação interior.
O que se quer com as religiões, é que se ensine como se libertar da ignorância do bem, sacrificando-se contra o orgulho, vaidade, ganância, ódio, inveja, e muitos outros sintomas de inferioridade que tanto denigre o ser humano, alimentando-se cada vez mais da benevolência, e da humildade das palavras do líder JESUS. As religiões não dizem que as pessoas devem viver o amor, a cooperação e a fraternidade, tal como os espíritos superiores, os puros e os perfeitos têm dentro de si, mas deixam passar para todos aqueles que precisam conhecer o caminho da verdade e da perfeição. A prática de tudo isto independe do ser humano ser protestante ou evangélico, ser católico, maometano, moiseista, seguidor de Crishna, de Buda, ou seguidor de qualquer grupo religioso que procura conhecer Deus para melhorar a sua vida tão conturbada.
Como se tem notícia, em alguns países ou regiões brasileiras, não se pode questionar a postura de um líder religioso, ou a veracidade dos ensinamentos bíblicos como fez John WYCLIFF no início desta era, ou alguns outros que questionaram alguns dogmas que a Igreja católica bradou irreputáveis por seus seguidores. Não é desta forma que se consegue a transformação da índole do homem que ainda animalizado, não consegue se libertar para adquirir o seu livre arbítrio, isto é a sua liberdade de pensamento, a sua real consciência de como se conduzir em busca da vida eterna. Enquanto o ser humano viver em sua contenda religiosa de que sua religião é melhor do que a outra, cujo número de suicídio aumenta assustadoramente, as chacinas aparecem de hora em hora, o medo nas ruas aumenta de maneira espantosa, não se pode ter uma unicidade de religião.
A globalização religiosa deve vir e com certeza virá, quando todos arregaçarem as mangas de sua camisa e partir para a conscientização de seu irmão mais próximo, mesmo que seja um vizinho, ou um amigo de trabalho que vive desregrado no submundo dos diversos vícios que mataram e matam o homem lentamente. A globalização não tem como princípio formar uma nova Igreja, que será mais uma, contudo, tem como fundamento básico ajudar o ser humano em sua transformação, respeitando a todos e a tudo, e tendo aquele que está ao lado como um amigo que trabalha o seu interior. A globalização significa a universalidade dos ensinamentos do pregador JESUS, que aos trinta e três anos de idade, deixou o planeta, porque não se sujeitou às normas do mundo e sua missão havia terminado, dentro dos ensinamentos que Ele propunha trabalhar com fidelidade e resignação.
Não se deve tomar a religião como sendo algo à parte na vida, ela constitui mais um elemento participativo da evolução e do modo de vivência do ser humano, na sua complexidade e peculiaridade de descoberta do caminho que verdadeiramente deve seguir, isto é, ser um co-criador de tudo que o cerca. A religiosidade acontece não somente, nas Igrejas quer seja católica, protestante, budista, maometana, espírita, ou qualquer um outro credo que o homem participe, sem dúvida, ela é o dia-a-dia no trabalho, no lar, nas ruas, em qualquer lugar onde se deve busca a pureza e a luz. Como se sabe, religião é ligação da criatura com o Criador, é buscar ser racional, utilizando sempre a inteligência para o progresso de todos, dentro do princípio de consciência e de sabedoria, cujo ser humano em sua ignorância do bem ainda não conseguiu com firmeza.
Graças ao Criador maior, o mundo já está buscando compreender que religiosidade não significa participar de grupo particular que professa um tipo de pensamento, quanto ao que se entende por Deus, por moral, por ética, pelo relacionamento entre as pessoas e pela boa utilização dos elementos da natureza como partícipe da vida. O espiritismo real e verdadeiro, aquele que o chamam de Kardecista, veio trazer uma visão mais aberta de religiosidade e de compreensão a toda criação divina, mesmo que alguns seguidores ainda permaneçam com os vícios de outros grupos religiosos. Sem dúvida, os espíritas não são perfeitos, no entanto, já avançaram alguma coisa quanto a sua real compreensão de religiosidade, que se fundamenta no desapego de tudo que existe neste planeta que seja materialidade, mas que seja também consciente, nunca forçado à libertação espiritual.
O espiritismo já nasceu dentro do princípio de universalidade, sem criação de rituais, sem dogmas, sem discriminações, sem exigência monetária, sem igrejismo que alimente a vaidade, porém faz brotar a discriminação dos que participam, e dos que não participam daquela congregação que pensam que estão corretos em seus pensamentos. O espiritismo de RIVAIL (1857) é uma proposta de retorno ao cristianismo de JESUS, procurando levar a todos ensinamentos simples sem subterfúgio, sem filosofismo, sem cientificismo, porém ensinamentos lógicos de verdades cristalinamente incontestes. O espiritismo é esta luz que se abre para todos, dentro do catolicismo, do protestantismo, do umbandismo, de outras segmentações religiosas, especificamente na mente dos leigos e ignorantes do bem, que ainda não entenderam o caminho da verdade e da vida que todos devem seguir.
Quando os espíritos querem dá exemplo de sua existência, não recorrem aos Centros Espíritas para mostrar o verdadeiro significado da vida, mas vão de encontro aos simples e às vezes ignorantes para indicar que o intelectualismo, quase sempre retira o homem do seu livre pensar, deixando-o a mercê de sua vaidade umbralina. Os espíritos trabalham de forma universal, no povo simples do campo, no homem da cidade, em mulheres, em meninos e nos homens propriamente ditos, cotidianamente em sonhos, quando do encontro com velhos amigos de outras vidas. Finalmente, é aí onde se encontra a universalidade do espiritismo, que não tem dono, não tem criador, e não tem apaniguados para os seus trabalhos do dia-a-dia, levando a todos ensinamentos por conselhos ou por dificuldades para a auto compreensão de si mesmo, e dos seus amigos trabalhadores.

A Espiritualidade Trabalha Em Grande Campanha no Mundo

A globalização Da Espíritualidade

Desde início das civilizações, os espíritos se manifestavam para provar que a vida não acaba após a morte, desde as eras primitivas inúmeras pinturas relatavam as almas dos que já tinham deixado o corpo físico.
Os egípcios formam os primeiros a manter o contato com os espíritos, que eram adorados por eles como sendo Deuzes,o conhecimento sobre a reencarnação já era bem lúcida a eles, porém ai surgiram as múmias, eles acreditavam que os faraós reencarnariam mais tarde em seu corpo mumificado rito realizados por muitas gerações em tal época.
Com o passar dos tempos essa pratica começou a se expandir e era escondida por muitas pessoas que eram médiuns e temiam a morte devido à perseguição.
Mesmo assim a grande globalização da espiritualidade não terminou por ai , enfrentou a dinastia de um povo sem conhecimento e mostrou a cara e está conseguindo provar ao homem aos poucos o mistério da vida e da morte , estamos muitos longe de sabre a verdade, mas hoje atualmente existem devesas ceitas, doutrinas e religiões milenares no mundo como o budismo que pregam através de célebres e nobres seres que viveram como um exemplo de vida na terra.
Mas a cada século que surge novos grupos se iniciam o belo trabalho que fala principalmente da fé raciocinada do amor do perdão a caridade e a reforma moral dos seres para a evolução espiritual.
Hoje vou contra um pouco a História de Um Grupo que se codificou aqui no Brasil que o grupo religioso Vale do Amanhecer conheça um pouco a história e o trabalho desse maravilhoso grupo de fundamentalização dos princípios evolutivos espirituais provando a globalização da espiritualidade no mundo.

Um forte abraço de

Amigo Fraternidade

Tia Neiva

Um exemplo de vida, de amor e de fé
Por Jairo Oliveira Leite Junior (Texto Retirado do Jornal do Jaguar)


Século XX, década de 50. Uma jovem viúva, de tradicional família católica do interior de Goiás, criando sozinha quatro pequenos filhos e uma afilhada, vê-se obrigada a aprender os mais diversos ofícios para sobreviver - costureira, fotógrafa, vendedora ambulante, motorista profissional, caminhoneira... viajando de cidade em cidade, enfrentando desafios, dificuldades e a hostilidade dos que, naquela época, discriminavam a mulher que trabalhava.Eis que a nossa jovem, com seus filhos e seu caminhão, encontra uma grande oportunidade: trabalhar na construção da nova capital do Brasil! Instala-se na Cidade Livre, hoje Núcleo Bandeirante, e começa sua jornada sem descanso, dirigindo seu caminhão. Inesperadamente, seus belos olhos castanhos começaram a vislumbrar alucinações, pessoas que atravessam do nada à frente de seu caminhão, para logo desaparecerem em seguida; seres que tentam travar com ela contatos os quais ela não assimilava; incorporações que a faziam quebrar tudo à sua volta. Em meio a este pesadelo, pensa buscar ajuda, mas onde? Na Igreja, claro. Falando com o vigário, ouve apenas palavras de consolo: “você está cansada, minha filha. Descanse um pouco e cumpra penitência, que logo isso passa”. Não passou. Um amigo lhe sugere o psiquiatra do acampamento. “Fique tranqüila, vou lhe receitar um medicamento para acabar com as ilusões”. “Ouça, Doutor – disse ela. Neste mesmo momento eu estou tendo mais um dos meus delírios, estou vendo um senhor atrás de você, dizendo se chamar Juca, ser seu pai e ter falecido há alguns dias”. A reação do médico não podia ser pior: “meu pai! Meu adorado paizinho! Fale mais! Onde ele está, como ele está?”. Mais confusa e desesperada do que nunca, ela foge dali deixando o médico com seu drama. E agora? O que fazer se a igreja e a medicina não lhe explicavam o que estava acontecendo? As visões não cessavam, ela própria já se achava louca, até que conheceu uma senhora kardecista, a Dona Neném, que se aproximava dela e lhe dava, aos poucos, as primeiras lições sobre a vida espiritual. Aos poucos, ela ia compreendendo que era uma médium especial e antevia a dimensão daquele fenômeno.
Já ouvindo os espíritos que se apresentavam, aprendia cada vez mais e ia sendo preparada para uma grande missão. Começaram a surgir pessoas de todos os lugares em busca de auxílio, crianças em busca de um teto. Foi-se formando uma pequena multidão ao seu redor, e ela já não tinha condições de continuar trabalhando. Depois de um chamado da espiritualidade, ela, D. Neném e toda aquela gente se mudam para Alexânia. Lá, em 1959, orientadas pelo espírito de Francisco de Assis, manifestado na roupagem de Pai Seta Branca, elas fundaram uma nova doutrina, chamada de União Espiritualista Seta Branca. Novas instruções eram trazidas do céu todos os dias, formando rituais e preparando aquela gente para uma vida missionária.
Anos de muitas dificuldades e trabalho se passaram, almas encaminhadas e pessoas curadas. Cada vez mais atuante, a espiritualidade as orienta para um outro caminho. A missão não podia continuar ali. Sem a presença de D. Neném, nossa médium partiu com seu povo para Taguatinga, onde os sacrifícios e os problemas continuaram. Seus filhos, que cresceram vendo a mãe na missão incansável, estando ao seu lado em todos os momentos, começaram a formar suas próprias famílias. Um dia, um visitante lhe chamou sua atenção. Pai Seta Branca, o Assis, lhe apontou aquele homem como um parceiro do seu trabalho. Unidos pela afinidade e pela transcendência de seus espíritos, ela e Mário partem para o local onde hoje é o Vale do Amanhecer, para ali darem prosseguimento àquela doutrina, que se desenvolvia a cada dia. Os anos foram passando, mais e mais pessoas se uniam à médium, cuja clarividência se tornava mais intensa e mais sublime. A espiritualidade trouxe àqueles médiuns a iniciação crística, o mestrado, as indumentárias e os trabalhos iniciáticos. A magia e a ciência espiritual juntas, num só lugar. Heranças transcendentais das mais ricas civilizações do passado, das mais belas doutrinas, trazidas por intermédio de sua mediunidade e, unificadas, formando um só sistema. Em 1985, Tia Neiva partiu para o mundo com o qual aprendeu a conviver dia e noite, mas nos deixou o seu filho, o Doutrinador, preparado para levar o amor e a luz do evangelho à humanidade. Fruto de sua vida missionária, o Vale do Amanhecer, é hoje esta luz que conhecemos.

O atual Vale do Amanhecer


A primeira comunidade funcionou na Serra do Ouro, próximo da cidade de Alexânia, Goiás. De lá mudou-se para Taguatinga, cidade satélite de Brasília, e, em novembro de 1969, foi instalada no atual local, que passou a se chamar Vale do Amanhecer, na zona rural da cidade satélite de Planaltina. O Vale ocupa uma área pertencente ao Governo do Distrito Federal, nela residindo cerca de 20.000 pessoas. Dentre os residentes estão dirigentes da Doutrina do Amanhecer, algumas famílias de médiuns, os que participam da manutenção, do atendimento de emergências no Templo e ocasionais abrigados para tratamento de alcoolismo. Conta, também, com assistência a crianças e adolescentes, nas atividades do “Projeto Casa Grande de Tia Neiva” e de grupos de mestres que se dedicam a essa missão. O ponto focal da comunidade é o Templo do Amanhecer, construído em pedra, no formato de uma elipse, com uma área coberta de 2.400 metros quadrados. Distante cerca de 300 metros, existe um conjunto iniciático, construído a céu aberto, chamado Solar dos Médiuns ou Estrela Candente. Nele existem cachoeiras artificiais, um espelho d’água em forma de uma estrela, com raio de 79 metros, lagos, escadarias de pedra e lanchonetes. O conjunto se completa com o Lago de Yemanjá, onde existem as cabalas das 7 Princesas, em que se realiza o Quadrante, uma Lança de Yemanjá e uma Pirâmide.O Templo do Amanhecer destina-se ao atendimento do público. O trabalho abre, de 2ª feira a sábado, às 10 horas da manhã, e se prolonga até às 10 horas da noite, com plantões chamados de Retiros. O Solar dos Médiuns – a Estrela Candente, funciona todos os dias, com início às 12 horas e 30 minutos, com mais duas consagrações: às 14h 30 e 18h 30.Há, diante do Templo, uma área reservada ao trabalho de Estrela Sublimação, onde o ritual se faz diariamente às 16 horas, exceto no domingo, quando se realiza às 20 horas, havendo atendimento ao público. O Vale dispõe de esgoto e água encanada, eletricidade e linhas de ônibus que o ligam a Planaltina, distante 6 km, e ao Plano Piloto, além de numerosas vans. Possui uma escola primária, dirigida pela Secretaria de Educação do GDF, hotéis e pousadas, restaurantes e lanchonetes, oficinas mecânicas, salões de costura, supermercados, comércio, locadoras de vídeo, e posto da Polícia Militar. As atividades diárias do Vale são muito intensas, o dia de trabalho se encerrando altas horas da noite. Para o visitante que vem pela primeira vez, o aspecto é de contraste entre a aparente calma do local e a intensa atividade desenvolvida para amainar o sofrimento dos que, diariamente, procuram o Vale, além do impacto visual de formas e cores, principalmente pelas indumentárias de mestres e ninfas, como são denominados os homens e as mulheres que trabalham nos diversos setores.De 2ª feira a sábado, às 9h 45 da manhã, uma sirene toca três vezes, convocando para a abertura do Retiro dos Médiuns, obedecendo a uma tradição que é mantida desde 1959. Os que participam do Retiro nesse dia permanecem em plantão até cerca de 10 horas da noite. Cada dia, entretanto, é diferente dos outros. Aos domingos, sempre há programação intensa de instrução e desenvolvimento. Certos dias, principalmente nos fins de semana, vários acontecimentos ritualísticos são executados simultaneamente. Tanto pode acontecer um casamento solene, uma cerimônia de Iniciação, uma festa de aniversário como um velório iniciático por algum médium que tenha desencarnado. Isso, entretanto, sucede sem interrupção do atendimento dos pacientes. Há, também, atendimento aos casos urgentes, que são levados fora do horário normal, principalmente nas madrugadas, e quando, pelo toque da sirene, são convocados médiuns para seu atendimento. No Vale só existem duas classes de pessoas: Médiuns e Pacientes, sendo essa a maneira mais simples de conceituar as pessoas sem incorrer no perigo da discriminação. Médium é a denominação do antigo paciente que, devido a seus compromissos transcendentais, sentiu necessidade de desenvolver sua mediunidade e participar da Corrente, ou seja, trabalhar mediunicamente. Na verdade, eles representam, apenas, a média de ½% dos freqüentadores, ou seja, dentre cada grupo de 200 pessoas que procuram o Vale, apenas uma tem necessidade de desenvolver sua mediunidade. Antes do desencarne de Tia Neiva, após o último cliente se retirar, surgia sempre alguma atividade instrutiva, uma comunicação dos planos espirituais ou uma discussão doutrinária em torno da Clarividente. Com exceção dos Retiros, da Estrela Sublimação e das Escaladas na Estrela Candente, cujos horários são rígidos, não existem horas marcadas para as coisas que acontecem. As atividades flutuam ao sabor dos acontecimentos. Durante o dia inteiro chegam pessoas em busca de auxílio, cuja natureza varia ao infinito. Os dias típicos que mais caracterizam a vida no Vale são os chamados dias de Trabalho Oficial, às quartas, sábados e domingos. Nesses dias, chegam a trafegar no Vale entre 3 e 4 mil pessoas. O Trabalho Oficial começa à 10 horas, com a abertura da Corrente. A partir daí, os médiuns vão se colocando nos seus postos de serviço, na medida em que vão se mediunizando, ou seja, que completam os seus rituais e se sentem prontos para o atendimento. As portas do Templo permanecem abertas e os pacientes vão sendo acomodados nos bancos de pedra, que correm ao longo do Templo, no lado esquerdo de quem entra. O primeiro contato é com os médiuns da Falange dos Recepcionistas. Eles, discretamente, vão acomodando os pacientes e movimentando as filas. Os pacientes sentam e levantam, e vão se aproximando dos Tronos, onde é feito o atendimento individual. Todo o atendimento começa pelos Tronos. Os Tronos são pequenas mesas, com apenas um lado disponível, onde se sentam o Apará (médium de incorporação) e o paciente. Atrás do Apará, permanece de pé o Doutrinador. Este, cuja mediunização torna seus sentidos mais alertas (ao contrário do Apará, que fica semiconsciente), é o responsável por tudo que decorrer no atendimento. Ele acompanha o trabalho do Preto Velho ou do Caboclo, esclarece o paciente, doutrina os sofredores que o Preto Velho puxa do paciente e garante, ao máximo possível, a satisfação do atendido. O Apará incorporado permanece com os olhos fechados e apenas entra em contato com o paciente segurando levemente suas mãos ou tocando, na sua cabeça, com a ponta dos dedos. Conforme o médium ou a entidade-guia, a linguagem pode ser pouco inteligível para o paciente. Isso, entretanto, não é de muita importância, uma vez que a vocalização é apenas a maneira da entidade entrar em sintonia com o paciente. Quando se torna necessário um conselho ou indicação, o Doutrinador serve de intérprete. Na verdade, o importante não é o que a entidade fala, mas, sim, o que ela faz durante o atendimento. É a manipulação de energias que irá resolver os problemas do consulente, podendo suceder que nem ele saiba, às vezes, quais são eles. Por isso, a comunicação é secundária, principalmente pelos perigos que encerra, devido às possíveis interpretações errôneas ou previsões falhas. O freqüentador do Vale do Amanhecer acaba por se habituar a avaliar a autenticidade do trabalho pelo resultado, fato esse de que só ele pode ser o juiz. Se ele chega tenso e cheio de cargas negativas, o Preto Velho as atrai para o Apará. O médium recebe essas cargas e, devido à natureza dessas energias e sua localização no seu plexo solar, ele se contrai. O quadro dessa incorporação é o do médium com o rosto contraído, as mãos crispadas e, às vezes, falando em tom agressivo. Isso tanto pode significar que ele está recebendo a carga magnética do cliente como algum espírito sofredor, um desencarnado ou um obsessor. Qualquer que seja a situação, o Doutrinador faz sua doutrina e, mediante uma chave iniciática, faz a entrega a outro plano, outra dimensão. O médium, então, volta para sua incorporação suave do Preto Velho ou à expressão do Caboclo. Conseguido o reequilíbrio do tônus do paciente, a entidade sugere seu encaminhamento para outros trabalhos no Templo, dá-lhe algum conselho ou palavra de encorajamento, sugere sua volta ou lhe delineia algumas sugestões para equilibrar sua vida. Nunca, porém, interfere no seu livre arbítrio ou toma alguma decisão por ele. Nesse atendimento, o paciente recebe várias indicações: vai para a Sala de Cura se tiver algum distúrbio físico; para a Indução se seu problema for de ordem econômica, puramente de situação material; ou apenas para a Linha de Passes se não tiver problemas dessa natureza. A “cura”, em termos da Doutrina do Amanhecer, não envolve diagnóstico ou receita de remédios. Nada ali é feito que possa ser resolvido pelo médico terreno. Em todos os casos, sempre se aconselha que o paciente continue com seu médico ou com o tratamento que porventura esteja fazendo. Nossa cura é puramente espiritual, na área invisível do paciente, que é inacessível ao médico físico. Se o paciente apresenta sintomas de mediunidade excessiva ou aflorada, é aconselhado o seu desenvolvimento, porém sempre é chamada sua atenção para que isso tanto pode ser feito aqui como em qualquer outro lugar ou doutrina de sua preferência. De modo geral, o atendimento se caracteriza pela descontração e informalidade. O paciente entra e sai à vontade, ninguém lhe pede coisa alguma e ele só sai de sua incógnita se assim o desejar. Só tem que declinar seu nome e sua idade na hora de ser atendido pela entidade incorporada no médium. Tanto os médiuns como os dirigentes preferem ignorar o problema pessoal de cada um, e só se interessam pela natureza do problema. De qualquer forma, qualquer que seja a natureza do problema, o paciente deve começar a ser atendido nos Tronos, onde o Preto Velho irá fazer sua limpeza vibracional e encaminhá-lo ao setor adequado. Na verdade, a técnica empregada no atendimento dispensa a confidência da pessoa. O trabalho de passa numa outra dimensão, que é invisível aos sentidos até mesmo dos médiuns. Mesmo a conversa das entidades, incorporadas no médium, escapa, em grande parte, aos seus ouvidos ou à sua percepção, embora ele não esteja realmente inconsciente. O diálogo é necessário para manter a sintonia entre o paciente e a entidade. Enquanto o Preto Velho conversa, ele está, na verdade, manipulando energias e resolvendo problemas da pessoa que, às vezes, nem ela suspeita que tem. Em alguns segundos do relógio, a entidade percorre os ambientes onde a pessoa vive, verifica problemas de suas outras encarnações, atende a pessoas que lhe são queridas, não importa a distância física onde estiverem, e faz até mesmo sua caridade para os inimigos do atendido. O ponto alto desse trabalho é que o paciente não assume compromisso algum, nem mesmo de se tornar adepto da nossa Doutrina. A confiança surge progressiva e lentamente, após os resultados obtidos, e é por isso que os pacientes do Vale, em sua maioria, acabam por voltar outras vezes e se tornam amigos e até entram na Doutrina. Os pacientes do Vale são de todas as classes sociais. Alguns vêm apenas para visitar ou por curiosidade. Outros, gostam de pesquisar. Porém, muitos, talvez a maioria, vêm em busca de algo que falta em suas vidas. Todos se sentem à vontade, uma vez que nada lhes é solicitado, pois não têm obrigação alguma. Os médiuns, esses sim, têm sempre a obrigação de fazerem tudo que for possível pelos que procuram o Templo. Não se concebe uma pessoa sair do Vale sem ter sido atendida ou sair insatisfeita. É lógico que o Vale não faz milagres, nem resolve todos os problemas das pessoas, mas sempre abre uma esperança, alivia uma dor e amplia as perspectivas daqueles que o procuram


As técnicas empregadas no Vale

Todo o trabalho do Vale é com base na técnica de manipulação de energias. A força que permite controlar as energias de origens e teores diversos é a mediunidade. produzida no organismo, chamada ectoplasma, fluido ou magnético animal. Trata-se de uma energia sutil, que todos os organismos da Terra produzem, mas que, no ser humano, atinge teor diferente, quantidade elevada e cuja propriedade fundamental é a de colocar em contato dois planos vibracionais diferentes, duas dimensões. É, portanto, o ectoplasma o responsável pelos contatos entre o mundo sensorial e palpável com os outros planos da vida, normalmente imperceptíveis aos sentidos. Por se tratar de energia produzida à revelia da vontade, os efeitos que ela produz nos atos humanos independem da crença, religião ou posicionamento no meio social. O desconhecimento desse fato simples e biológico, ou a sua conceituação inadequada, está na raiz da maioria das dificuldades humanas, sendo, como é, a maior fonte de dor, qualquer que seja sua natureza. O médium é uma pessoa que admite e conhece essa energia pela experiência, e procura se habilitar para a controlar conscientemente. Com isso, ele aprende que o Homem alivia muito seu sofrimento quando conhece suas forças. Na primeira fase, o novato – ou aspirante – desenvolve sua mediunidade para obter seu equilíbrio pessoal, para se colocar numa posição de harmonia com o mundo que o cerca. Uma vez conseguido isso, ele é credenciado para o atendimento, o qual, na verdade, é apenas a continuação do seu desenvolvimento. Quanto mais o médium trabalha, mais ele aprende e melhor fica conhecendo como usar suas energias. O progresso constante lhe concede consagrações que lhe trazem sua realização pessoal. Esse conhecimento técnico é que permite aos médiuns a capacidade de curar, isto é, de equilibrar ou reequilibrar a pessoa, de acordo com os planos da natureza e dessa mesma pessoa. A filosofia básica do Vale A idéia mais simples e mais de acordo com a realidade que se pode ter do Vale do Amanhecer, é a de que se trata de um grupo humano, de pessoas comuns, as quais, mercê de suas dores e da busca de um lenitivo para elas, decidiram trabalhar para si e para seu próximo, baseadas nas exortações do Mestre Jesus, resumidas numa série de conceitos sob o título de “Doutrina do Amanhecer”, que é também chamada de “O Evangelho do Vale do Amanhecer”. Para que não haja a mínima dúvida quanto a essa Doutrina, os ensinamentos do Mestre são colocados de forma acessível a qualquer mente, independente de cultura intelectual ou escolaridade. A Doutrina do Amanhecer se resume em três propostas básicas de Jesus: o amor, a tolerância e a humildade. Com essas três posições, é possível a qualquer ser humano reformular sua existência, adquirir visão mais ampla da vida e equacionar seus problemas desta Terra. Alicerçada neste triângulo, a Escola do Caminho, do Mestre Jesus, permite compreender e analisar tudo que se passa em nosso mundo, e abrir caminho para as soluções da vida. A primeira resultante dessa filosofia básica é que a verdade só é percebida individualmente, por cada pessoa. Logo, o mundo não é como é, mas, sim, como cada pessoa o vê. Essa posição é diametralmente oposta aos conceitos vigentes nas bases da fase atual de nossa civilização, cuja posição é a de que o mundo é como é e não como nós o vemos. Por essas duas maneiras de ver, pode-se conceituar as coisas e as pessoas. No primeiro caso, o mundo e o universo estão de acordo com o dimensionamento da consciência do observador, e ele está em paz com o quê o cerca. No segundo caso, o homem vive em angústia, porque não tem certeza de nada que o cerca e vive em desacordo com a realidade, porque supõe que o mundo é algo diferente daquilo que registra. Nessa posição, o Homem é inteiramente dependente do que lhe é dito e ensinado. Logo, ele não tem individualidade, sendo, apenas, uma parte do coletivo. Na sua mente predomina a personalidade padronizada. Para que essa posição crística possa ser entendida, sem restar margem a dúvidas, o Vale ensina que o ser humano, o Homem, toma suas decisões com base nos estímulos, que partem de três diferentes fontes, existentes em si mesmo: a física, a psicológica e a espiritual. Resumindo: o Homem é composto de corpo, alma e espírito, separando objetivamente a idéia de alma (psique) da idéia de espírito. Tais conceitos podem ser encontrados mais detalhadamente nos livros publicados sob a responsabilidade da Ordem Espiritualista Cristã, entidade jurídica que rege o Vale do Amanhecer, particularmente “No Limiar do Terceiro Milênio” e “Instruções Práticas Para os Médiuns”, sendo este último publicado em fascículos.


A Missão do Vale

O Vale do Amanhecer tem um programa de trabalho no qual podem ser distinguidos dois aspectos fundamentais: o atendimento direto, físico, pessoal e, por outro lado, a influência indireta, à distância. No primeiro caso estão os Templos físicos que, além do Vale do Amanhecer, em Planaltina, já existem em outros lugares, não só no Brasil como já no exterior, já superando 600 pontos de atendimento. No segundo caso, no que pode ser chamado de “atendimento indireto”, está o acervo de quase dois decênios de contínuo atendimento, com milhares de pessoas que equilibraram suas vidas nos Templos do Amanhecer, e de obras publicadas. Essas pessoas e os livros vão levando uma mensagem de esperança e ajudando na formação de idéias e perspectivas do ser humano mais coerentes com a realidade, que explicam o Homem para si mesmo, despertando-lhe o interesse pela Vida e não para a Morte. A Doutrina do Amanhecer não trabalha somente para ajudar a pessoa para o após morte; ela trabalha para ajudá-lo viver conscientemente a vida. Com esse propósito, e com base no preceito de Jesus do não julgamento, o Vale não preconiza forma alguma de comportamento, mas aceita a pessoa como ela é, sem discriminação. Quanto pior for a situação do paciente, tanto em relação a si mesmo como ao meio em que vive, maior é a sua necessidade de ser recebido com amor e tolerância. Só essa aceitação, sem julgamento, sem críticas e sem recriminações, é que podem permitir o reequilíbrio do Homem. Só o amor pode despertar a capacidade de amar e só a tolerância irrestrita abre a oportunidade de um ser humano se encontrar. Para que o amor e a tolerância sejam possíveis concretamente, é necessário haver humildade, sem, naturalmente, confundir-se humildade com humilhação. Por isso, o Vale é simples nas suas pretensões, sem querer reformar o mundo ou se achando o dono da verdade. Para que essa posição possa ser autêntica, emprega-se uma forma hábil de trabalho: como já foi dito anteriormente, ali só existem duas qualidades de gente – ou pacientes ou médiuns. O Vale nada tem a ver com as pessoas fora do recinto, sejam elas médiuns ou pacientes. Porém, uma vez adentradas, as pessoas são convidadas a tomar uma ou outra posição. Se ela é médium da Corrente, fica obrigada a seguir os rituais e a atender a quem quer que seja, nada podendo aceitar em troca. Se ela é paciente, tem o direito de ser atendida e nada fica a dever(não se cobra e nem se aceita pagamento pelo atendimento espiritual), nem sequer a obrigação de se tornar adepta da Doutrina. A única coisa que é exigida dos médiuns é a abstenção do álcool e das drogas, mesmo fora do recinto, condição essa indispensável para ele praticar seu mediunismo no Vale.Ó Vale só trabalha e aceita auxílio de espíritos que já atingiram o estágio da Luz, que já superaram a faixa cármica, que estão acima do Bem e do Mal, conforme conceito da Terra. Tais espíritos, no Vale chamados de Mentores, se apresentam com as roupagens que proporcionam melhor resultado no seu trabalho através dos médiuns. esses espíritos dispensam o “personalismo” habitual dessas figuras e jamais interferem no livre arbítrio dos espíritos encarnados. Também não fazem uso de objetos, bebidas, charutos etc., pois seu trabalho é iniciático. A Doutrina do Amanhecer não é Umbanda, Candomblé, Quimbanda, Kardecismo, Induísmo, Teosofia ou Catolicismo. É, apenas, uma Doutrina com sentido universal, com base no Sistema Crístico.

Posições no Vale do Amanhecer

Doutrinas religiosas


Não é permitido, aos médiuns da Corrente, fazer críticas ou censuras a quaisquer doutrinas ou religiões. O Vale do Amanhecer não é ligado a qualquer organização doutrinária ou religiosa da Terra. Identifica-se com o Espiritismo, pela crença básica na reencarnação. Na verdade, o reencarnacionismo não é privativo do Espiritismo, mas pertence à mais remota tradição iniciática.

Ritual

A prática doutrinária dos Templos do Amanhecer é feita mediante rituais, com o uso da imagem, do som, da movimentação, da cor, dos objetos e tudo o mais que tenha sentido ritualístico. Algumas dessas práticas se parecem com usos de outros grupos doutrinários, mas isso é apenas coincidência, sem implicações filiativas.Na verdade, o ritual do Vale é muito original, e apenas se assemelha, em algumas facetas, com rituais conhecidos. Na essência, entretanto, tais rituais têm um sentido muito diferente.



Mediunidade

Essa atitude científica é que faz com que os médiuns do Vale sejam considerados cientistas espirituais. Isso se tornou possível graças à criação, pela Clarividente Neiva, da figura do Doutrinador. Até então, confundia-se mediunidade com incorporação, fato esse que conceituava de médium somente a pessoa que manifestasse fenômenos visíveis de relacionamento com a outra dimensão. Com a criação do Doutrinador, o médium que trabalha com o sistema nervoso ativo e cujas manifestações mediúnicas se fazem através de sua expressão sensorial normal, essa interpretação da mediunidade tende a desaparecer. Todos os seres humanos são médiuns, isto é, todos são intermediários entre os diferentes campos vibratórios que compõem o mundo. Existem múltiplas formas de mediunidade, que vão desde o transformismo energético dos alimentos até as mais altas manifestações de sensibilidade espiritual. Faltava, apenas, a demonstração viva do Doutrinador e a admissão de que os planetas e corpos celestes não são apenas o físico denso, concreto e palpável, mas são compostos de várias camadas vibratória


Ciência do Homem


A Doutrina do Amanhecer é, apenas, a Doutrina de Jesus adequada aos tempos atuais. Como resultante dessa atualização, ela forma nova perspectiva, uma visão mais objetiva da realidade humana. Para o caro leitor e eventual visitante do Vale do Amanhecer, é importante ter isso em mira, se quiser realmente conhecer o Vale. O conceito trinário do Homem – corpo, alma e espírito – abre, automaticamente, para a Ciência, uma nova possibilidade de interpretação correta dos fenômenos psicológicos. Na verdade esse conceito é transmitido aos médiuns de forma mais técnica, mais científica, do que a Doutrina apresentada ao visitante ou ao corpo mediúnico em massa. A vida humana é controlada pelos chamados centros coronários, que se localizam na região do umbigo, no plexo solar. Também chamado de sistema coronário, esse núcleo de comando da vida é organizado pelo sistema universal do átomo, tomado nos seus aspectos básicos de três partículas: o ANION, o NEUTRON e o CATION. O perispírito é o espírito revestido de energia adequada à sua permanência na Terra. A alma é o microcosmo, ou seja, o princípio ativo coordenador, modelador, redutor, que determina o ”estar” do espírito na situação de encarnado. É ela que modifica o estado de “ser” do espírito para a situação de “estar” desse mesmo espírito. Ela é a barreira entre os vários planos vibratórios do SER e que mantém esse SER na posição planejada, que busca, pesquisa, informa e fornece elementos de decisão para o EU, ao mesmo tempo em que estabelece os limites da movimentação do ser humano. É por isso que o centro coronário da alma é portador dos sentidos, da mente, do mecanismo da razão e tem, como base, o sistema nervoso. O centro coronário do corpo é o mundo da energia condensada, o controlador do quantum físico, o plano da matéria. É ele que determina a Lei Física e regula os aspectos quantitativos e qualitativos da organização celular. Há, portanto, uma lei do espírito e uma lei do corpo, mas é a alma que determina a Lei do Homem. Homem é sinônimo de espírito encarnado. O espírito-ion, ou o espírito ionizado, ou, ainda, o perispírito, age no campo da influência controlado pela alma-neutrom ou alma neutronizadora. O centro coronário espiritual exerce sua ação limitada pelo centro coronário anímico. O mesmo acontece com o corpo-cation ou centro coronário físico, que atende às exigências do centro coronário neutrom ou centro coronário da alma. O Homem equilibrado é o que tem seus três centros coronários em harmonia, ou seja, que recebe a proporção exata de influência de cada um dos dois outros centros coronários – do espírito e do corpo – nos limites estabelecidos pelo centro coronário da alma, ou seja, do neutrom.


A Ciência do cosmos

“Assim na Terra como no Céu...” nos diz o Pai Nosso. O microcosmos tem a mesma organização do macrocosmos. O sistema atômico tanto se aplica à menor unidade da matéria que se possa conceber, como se aplica à maior unidade, ou seja, o maior concebível, o cosmos, o universo. Na visão astronômica, por exemplo, podemos conceber uma região ânion, outra neutrom e outra cation. Assim é o relacionamento interplanetário, no qual sempre existe uma zona neutrônica, uma aniônica e outra catiônica, sendo esta última o mundo físico de cada planeta. Isto nos leva a outra premissa, uma analogia muito plausível: a existência de um espírito, de uma alma e de um corpo da Terra. Temos, assim, um mundo espiritual (ânion), um mundo anímico (neutrom) e um mundo físico (cation), todos englobados num mundo único, ou seja, a Terra. Se aplicarmos o mesmo princípio aos outros corpos do universo, podemos conceber um relacionamento no plano do espírito, outro no plano da alma e outro no plano físico, cada um regulado pelas suas próprias limitações ou áreas de influência, controladas pelo neutrom. Isso explica a autonomia de cada unidade e, também, o porque não existe relacionamento físico entre os corpos astronômicos físicos, uma vez que não é possível ultrapassar a barreira do neutrom. Se, por uma hipótese absurda, se eliminasse o neutrom, o ânion pulverizaria o cation, e vice-versa, se o cation ultrapassasse a barreira do neutrom e atingisse o ânion, seria pulverizado, desintegrado por ele. Assim, o espírito chega ao corpo neutronizado, o mesmo acontecendo com o corpo em relação ao espírito. É nossa alma que age, busca, informa e possibilita ao nosso EU as decisões. Aceito esse princípio, lógico e verificável individualmente, nós temos que admitir, por extrapolação, que nenhuma partícula física, formada no princípio do mundo físico, portanto na Terra física, pode atingir outro mundo físico, a não ser que, depois de neutronizado, tome nova organização, de acordo com esse outro mundo. Isso explica, inclusive, porque os meteoros e meteoritos, se oriundos de outros corpos celestes, chegam à superfície com a mesma composição físico-química da Terra física. Ao penetrarem na zona neutrônica da Terra, eles são desintegrados e se reintegram nas leis da zona catiônica da Terra. Ou, talvez, sejam os meteoros e meteoritos partículas oriundas da própria Terra física, que se desprendem, atingem os limites neutrônicos, e voltam para sua zona catiônica de origem. Com isso, temos chegado à explicação do fenômeno da desintegração, integração e reintegração. Entretanto, a Lei da Conservação da Matéria nunca foi violada, nem mesmo quando seres extraterrestres, em épocas de vácuos civilizatórios do planeta Terra, aqui chegaram fisicamente. Eles chegaram, é verdade, mediante o sistema de desintegração, integração e reintegração. Os limites neutrônicos foram sempre obedecidos. Seres extraplanetários aqui na Terra tiveram corpos físicos, mas da física terrena. As diferenças, como no caso dos Equitumans (vide “2.000 – Conjunção de Dois Planos”, Ed. Vale do Amanhecer) foram preestabelecidas a priori, antes da vinda (eles não nasceram como nós outros), de acordo com a época e a missão.


O invisível da Terra


A zona neutrônica da Terra é a fonte das especulações de religiões, filosofias e teologia de todos os tempos. A linguagem mais comum (que no Brasil se usa até mesmo para ironizar estados psicológicos) é se falar em “astral”. Segundo o “Grande Dicionário Etimológico Prosódico”, de Silveira Bueno (Ed. Saraiva, 1963), astral é um adjetivo, espécie de véu que envolve a alma, doutrina de Paracelso retomada pelos espíritas (do Latim, astralis ou astrale – corpus). Paracelso foi um alquimista do Século XV, que estabeleceu certa relação entre partes do organismo humano e os astros, dentre suas várias teorias. Por outro lado, a palavra astral significa, também, corpos celestes – do Céu. Na qualidade de “um véu que envolve a alma”, pode-se perceber a natureza neutrônica do que chamamos de astral. As divisões que fazemos, de astral superior e astral inferior, ou baixo astral, indicam, somente, as posições entre o núcleo e a periferia do neutrom, que é uma energia contrátil e expansiva (forças centrípeta e centrífuga). Da mesma forma que a palavra astral, se usa a palavra etérica, que seria um fluido sutilíssimo (admitido pelos físicos), espalhado por todo o universo (vide o mesmo dicionário). A similitude com a descrição do neutrom é a mesma que a do astral. Por esse motivo, e por uma questão de semântica, consideramos as descrições de planos astrais e planos etéricos úteis para nos servir como adjetivação – maneira de dar nomes, qualificar as coisas – mas, nunca como “coisas”. O principal, porém, é não confundir os planos vibracionais do neutrom e do ânion, fazendo passar por espiritual o que é apenas invisível.


O Proselitismo

O Vale do Amanhecer é muito rígido nessa questão de proselitismo, evitando, sempre que possível, ter que “vender” suas idéias a respeito de como as pessoas devem se comportar em termos religiosos. É preciso que não se confunda a posição do cliente que apenas vai ao Vale para receber assistência espiritual e, com isso resolve seus problemas, e aquele outro que apresenta uma situação de anormalidade mediúnica. Esse último está num quadro de patologia mediúnica e precisa, por uma questão de honestidade, ser advertido disso. Nesse caso, ele é aconselhado a se desenvolver onde ele achar melhor, sem que se afaste a possibilidade de isso acontecer no Vale. Isso acontece, entretanto, com apenas meio por cento dos freqüentadores. Uma em cada duzentas pessoas apresenta sintomas de mediunidade aflorada, que precisa de cuidados técnico-mediúnicos.


A Estrela Candente


Esse trabalho ritualístico do Vale do Amanhecer merece uma explicação à parte, uma vez que mais chama a atenção do visitante pela sua originalidade. O conjunto, chamado Solar dos Médiuns, que inclui uma estrela de seis pontas – dois triângulos equiláteros cruzados, invertidos – , é a base física adequada para a manipulação de energias diversas. Cada detalhe ou divisão representa uma linha de força espiritual, todas se reunindo na cerimônia final da Estrela Candente. A base dessa manipulação de forças é o médium em grau de Mestrado, o qual é desenvolvido e iniciado para esse fim. Toda a cerimônia é executada pelos Mestres Sol (Doutrinadores e Doutrinadoras) e os Mestres Lua (Aparás positivos e negativos). O princípio do ritual, chamado de Consagração, é a concentração. Os mestres, em número mínimo de quatorze pares, se concentram nos bancos, em frente ao Radar de Comando. O Comandante dá início ao ritual. Os Mestres Lua sobem a rampa e aguardam ao lado do Radar. Em seguida, os Mestres Sol sobem a escada e apanham as suas ou os seus Mestres Lua. Descem com eles, segurando as pontas dos dedos. Todos os pares se juntam atrás dos bancos e, quando todos tiverem terminado o Coroamento (o ato de subir a escada e apanhar o seu par), dão início à Jornada. Sobem a rampa, à esquerda da Cachoeira, e cada par faz sua preparação em frente ao Triângulo da Cachoeira. Passam por trás do Comandante e descem em direção à Estrela. Divididos em partes iguais, os pares se colocam nos Esquifes. O Mestre Sol fica de pé na parte mais baixa do Esquife, e o Mestre Lua senta-se no banquinho de alvenaria ao lado. Os dirigentes se colocam nos dois Tronos, nas pontas dos triângulos: o Mestre Sol na ponta do amarelo e o Mestre Lua na ponta do azul. O Comandante ordena a preparação e todos os Mestres Sol dão as mãos. Depois, deitam-se nos Esquifes e permanecem alguns minutos, até que se completem os cantos ritualísticos. Depois, fazem a invocação dos espíritos que irão passar naquele trabalho e, em seguida, fazem a entrega deles ao outro plano. Depois isso, os Mestres Lua incorporam as entidades das águas, e fazem a impregnação da Estrela. Esse mesmo ritual, ampliado, envolvendo o Lago do Jaguar, ou Lago de Yemanjá, chama-se Unificação. Esse trabalho ritualístico é feito para a desintegração de energias carregadas negativamente, e para espíritos que não teriam condições de passar num simples trabalho mediúnico. Como complemento, são manipuladas energias dos planos superiores, que são dirigidas para beneficiar a coletividade, principalmente os hospitais, os presídios e as concentrações administrativas do governo. Esse trabalho é realizado todos os dias, nas faixas: 12,30 até 13,30; 14,30 até 15,30; e 18,30 até 19,30 horas. Na faixa da Lua Cheia, o trabalho é obrigatório (uma vez cada Lua) para todos os mestres e, nesse caso, se chama Anodização.


CONCLUSÃO

Caro visitante: Procuramos, aqui, sintetizar ao máximo as bases doutrinárias do Vale do Amanhecer. Sabemos das dificuldades que existem nas pessoas para saírem dos conceitos tradicionais e se acostumarem com fatos novos. Sabemos, também, que não basta a simples interpretação intelectual para se avaliar as coisas. Por esse motivo é que sugerimos a experiência pessoal de contato com o nosso trabalho. Dificilmente a gente fica sabendo o que realmente é o Vale, a menos que se tenha um contato direto, físico e, ao mesmo tempo, se tenha algum problema que possa dar a oportunidade de verificação.